Até dia 29 de maio, deixo PARIS com vocês. Uma das mais belas cidades do mundo, com seu modo de viver único. Olhem a imagem, sonhem, visite Paris, a Cidade Luz!
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Para ver e ouvir, mais ainda para sentir...
Não deixem de ver e ouvir, com olhos e ouvidos atentos este vídeo, na minha opinião, esplendoroso. Espero que gostem.
http://www.youtube.com/user/elianebonotto#p/c/63B1969265927655/11/JYgzaNmI9vE
terça-feira, 11 de maio de 2010
Plano Collor, Confisco e o IE da UNICAMP...
Quando se fala em Governo Collor, há que se analisar o cenário com um pouco mais de abertura de visão. Com antolhos não se vê o espectro de coisas que aconteciam no país, em outras situações e circunstâncias. É certo que a ministra da economia foi um desastre, até porque, nem mesmo ela e sua equipe, sabiam o que fazer com a economia do país, que amargava uma inflação média de 70% nos dois meses anteriores ao anúncio do pacote de bloqueio da liquidez e parte dos haveres financeiros, em março/1990.
Hoje, há teses que suportam o fato de que o plano falhou porque ele era inaplicável. Manter a retenção dos haveres financeiros naquela escala era impossível, pois implicaria a paralisação do sistema de pagamentos e uma grave crise bancária.
Transcrevo aqui, trechos de um artigo ampliado do capítulo 1 da tese de doutoramento do Prof. Carlos Eduardo Carvalho, no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Carvalho, 1996).
Observação minha: Sobre o IE da Unicamp faço um breve comentário no final deste post.
Quando a candidatura de Ulysses Guimarães se esvaziou, na reta final do primeiro turno, a proposta de bloqueio da liquidez foi levada à assessoria econômica do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, pelo economista Antônio Kandir (ligado à Unicamp). Esta proposta de bloqueio trazida por Kandir, veio da Unicamp e mostra na “Exposição de Motivos nº 58”, quanto às palavras de Collor e Zélia, coincidências quase literais com o texto de Belluzzo e Almeida (Unicamp), autores do estudo na Unicamp. A proposta foi recebida com muita reserva em reunião de economistas no Comitê de Lula, apresentada por Aloizio Mercadante, assessor econômico de Lula. A proposta passou, então, a ser discutida em um grupo menor, organizado por Aloizio e outros dirigentes do PT, em paralelo com a equipe que elaborava o plano de governo.
Depois do segundo turno, de volta de viagem ao exterior, Kandir foi incorporado à equipe de Collor e Zélia, quando a proposta teria sido apresentada ao grupo que discutia as medidas de combate à inflação.
Pode-se concluir que a montagem da proposta se deu tomando por base a reflexão dos economistas da equipe sobre o caso brasileiro, influenciada e condicionada pelos termos da discussão da época. Resta analisar o papel que teria tido o artigo "Crise e Reforma Monetária no Brasil", de Belluzzo e Almeida (1990). Os dois autores da proposta afirmam que o texto foi escrito com propósitos acadêmicos, em 1988-1989, e que ignoram de que forma teria sido utilizado pela equipe de Zélia.
Agora estamos em dezembro/1989, no último debate pela televisão antes do segundo turno, e na entrevista ao programa de televisão Ferreira Neto no dia seguinte a esse debate, Collor atacou Lula violentamente e o acusou de planejar o confisco das cadernetas e o "calote" da dívida pública (Pomar, 1990, p. 97). É provável que, naquele momento, Collor ainda não tivesse discutido a proposta de bloqueio da liquidez, mas a proposta estava em análise em parte da assessoria de Lula, ou em uma das suas assessorias, aquela de que ele era mais próximo. Assim, Collor não teria mentido ao afirmar que Lula pretendia bloquear as cadernetas, e ele não.
Os relatos dos integrantes da equipe de Collor ao Prof. Carvalho, em entrevistas para sua tese, confirmam que até novembro o grupo trabalhara com propostas gradualistas, com prefixação de preços e negociações amplas com diferentes setores sociais. No início de dezembro, em meio à campanha do segundo turno, um dos membros da equipe levantou a hipótese de não se fazer nada logo depois da posse, mas a proposta foi rechaçada, a pretexto de que a inflação atingira níveis muito altos para permitir algo assim. Passou-se, então, à idéia de aplicar um imposto extraordinário sobre o estoque de haveres financeiros, um IOF punitivo, "cavalar". A idéia se manteve por alguns dias e foi afastada. A alíquota teria de ser muito alta para impedir que a parcela restante dos haveres financeiros pudesse detonar uma onda de consumo e movimentos especulativos incontroláveis. Havia também muitas dúvidas sobre a possibilidade de o Congresso aprovar taxação extraordinária de tal magnitude.
Logo após o segundo turno, o bloqueio teria sido sugerido a Collor por Daniel Dantas, economista ligado a Mário Henrique Simonsen, e depois um duro crítico do programa (Sabino, 1991, p. 109).
Um parêntesis para uma analogia histórica. Na Alemanha de 1948, apesar de o programa ter sido preparado com bastante antecedência e prolongadas discussões, havia grande insegurança quanto aos limites de conversão afinal aplicados, com opiniões divididas entre a possibilidade de serem muito estreitos, gerando tendências depressivas, ou excessivamente frouxos, dando lugar a pressões inflacionárias (Emmer, 1955, p. 56; Lutz, 1949, p. 129).
Na segunda metade de dezembro, cada membro do grupo, pelas próprias intuições e reflexões, convenceu-se da necessidade de bloquear a liquidez das aplicações financeiras. Os entrevistados pelo Prof. Carlos Eduardo Carvalho, da PUC-SP, para a elaboração deste documento, foram unânimes em relatar essa versão e acrescentaram que a primeira discussão da proposta no grupo trouxe alívio a todos, ao perceberem que os demais concordavam com uma proposta que era encarada com muito receio.
A opção da equipe de Collor e Zélia pelo bloqueio se deu em meio ao quadro de ameaça de hiperinflação, em condições de sigilo, e foi discutida por um grupo de pessoas muito reduzido. A opção foi muito condicionada pela descrença na possibilidade de êxito das demais alternativas em análise ou implementadas nos anos anteriores. O reconhecimento dessas raízes profundas não autoriza conclusões de que o bloqueio fosse inevitável ou de que tenha sido a opção mais adequada. Esta é outra discussão, bem mais difícil e complexa, mas deve considerar que o plano não foi uma iniciativa desvairada surgida do vazio ou do voluntarismo político, embora esse possa ter tido papel decisivo na opção assumida. A análise do desfecho do plano, com a volta da inflação elevada poucos meses depois, não deve ser feita sem considerar o contexto da época e a natureza da reflexão que a ele conduziu.
Hoje, há teses que suportam o fato de que o plano falhou porque ele era inaplicável. Manter a retenção dos haveres financeiros naquela escala era impossível, pois implicaria a paralisação do sistema de pagamentos e uma grave crise bancária.
Transcrevo aqui, trechos de um artigo ampliado do capítulo 1 da tese de doutoramento do Prof. Carlos Eduardo Carvalho, no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Carvalho, 1996).
Observação minha: Sobre o IE da Unicamp faço um breve comentário no final deste post.
Quando a candidatura de Ulysses Guimarães se esvaziou, na reta final do primeiro turno, a proposta de bloqueio da liquidez foi levada à assessoria econômica do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, pelo economista Antônio Kandir (ligado à Unicamp). Esta proposta de bloqueio trazida por Kandir, veio da Unicamp e mostra na “Exposição de Motivos nº 58”, quanto às palavras de Collor e Zélia, coincidências quase literais com o texto de Belluzzo e Almeida (Unicamp), autores do estudo na Unicamp. A proposta foi recebida com muita reserva em reunião de economistas no Comitê de Lula, apresentada por Aloizio Mercadante, assessor econômico de Lula. A proposta passou, então, a ser discutida em um grupo menor, organizado por Aloizio e outros dirigentes do PT, em paralelo com a equipe que elaborava o plano de governo.
Ex-Ministro Antonio Kandir |
Pode-se concluir que a montagem da proposta se deu tomando por base a reflexão dos economistas da equipe sobre o caso brasileiro, influenciada e condicionada pelos termos da discussão da época. Resta analisar o papel que teria tido o artigo "Crise e Reforma Monetária no Brasil", de Belluzzo e Almeida (1990). Os dois autores da proposta afirmam que o texto foi escrito com propósitos acadêmicos, em 1988-1989, e que ignoram de que forma teria sido utilizado pela equipe de Zélia.
Ex-Presidente do Banco Central, Ibrahim Eris |
Os relatos dos integrantes da equipe de Collor ao Prof. Carvalho, em entrevistas para sua tese, confirmam que até novembro o grupo trabalhara com propostas gradualistas, com prefixação de preços e negociações amplas com diferentes setores sociais. No início de dezembro, em meio à campanha do segundo turno, um dos membros da equipe levantou a hipótese de não se fazer nada logo depois da posse, mas a proposta foi rechaçada, a pretexto de que a inflação atingira níveis muito altos para permitir algo assim. Passou-se, então, à idéia de aplicar um imposto extraordinário sobre o estoque de haveres financeiros, um IOF punitivo, "cavalar". A idéia se manteve por alguns dias e foi afastada. A alíquota teria de ser muito alta para impedir que a parcela restante dos haveres financeiros pudesse detonar uma onda de consumo e movimentos especulativos incontroláveis. Havia também muitas dúvidas sobre a possibilidade de o Congresso aprovar taxação extraordinária de tal magnitude.
Logo após o segundo turno, o bloqueio teria sido sugerido a Collor por Daniel Dantas, economista ligado a Mário Henrique Simonsen, e depois um duro crítico do programa (Sabino, 1991, p. 109).
Um parêntesis para uma analogia histórica. Na Alemanha de 1948, apesar de o programa ter sido preparado com bastante antecedência e prolongadas discussões, havia grande insegurança quanto aos limites de conversão afinal aplicados, com opiniões divididas entre a possibilidade de serem muito estreitos, gerando tendências depressivas, ou excessivamente frouxos, dando lugar a pressões inflacionárias (Emmer, 1955, p. 56; Lutz, 1949, p. 129).
Na segunda metade de dezembro, cada membro do grupo, pelas próprias intuições e reflexões, convenceu-se da necessidade de bloquear a liquidez das aplicações financeiras. Os entrevistados pelo Prof. Carlos Eduardo Carvalho, da PUC-SP, para a elaboração deste documento, foram unânimes em relatar essa versão e acrescentaram que a primeira discussão da proposta no grupo trouxe alívio a todos, ao perceberem que os demais concordavam com uma proposta que era encarada com muito receio.
A opção da equipe de Collor e Zélia pelo bloqueio se deu em meio ao quadro de ameaça de hiperinflação, em condições de sigilo, e foi discutida por um grupo de pessoas muito reduzido. A opção foi muito condicionada pela descrença na possibilidade de êxito das demais alternativas em análise ou implementadas nos anos anteriores. O reconhecimento dessas raízes profundas não autoriza conclusões de que o bloqueio fosse inevitável ou de que tenha sido a opção mais adequada. Esta é outra discussão, bem mais difícil e complexa, mas deve considerar que o plano não foi uma iniciativa desvairada surgida do vazio ou do voluntarismo político, embora esse possa ter tido papel decisivo na opção assumida. A análise do desfecho do plano, com a volta da inflação elevada poucos meses depois, não deve ser feita sem considerar o contexto da época e a natureza da reflexão que a ele conduziu.
Presidente Fernando Collor de Mello e Ex-Ministra Zélia Cardoso de Mello |
A proposta foi discutida pela assessoria de outros candidatos, em especial a assessoria do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva. Tratava-se, assim, de proposta gerada no debate acadêmico e que atraía os assessores de candidaturas com perfis políticos e ideológicos distintos. É correto afirmar que a proposta poderia ter sido adotada se o eleito fosse outro e poderia assim estar vinculada a programas econômicos diferentes daquele que Collor implementou.
Presidente Fernando Collor de Mello |
Anunciado em suas linhas gerais junto com o bloqueio, no dia seguinte à posse do novo presidente, esse programa econômico geral foi ofuscado pelas medidas drásticas de retenção dos haveres financeiros. A expressão ‘Plano Collor’ passou a referir-se apenas ao bloqueio, embora as demais medidas econômicas tenham influenciado muito mais profundamente o futuro do País.
Instituto torna-se fonte de quadros para políticas públicas:
As bases do pensamento da escola de Campinas - a partir da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) - que adquiriu forma acabada em Maria da Conceição Tavares, João Manuel Cardoso de Mello, Luiz Gonzaga Belluzzo, José Serra e Wilson Cano, entre outros. Todos, por sinal, integrantes do grupo que daria origem, em 1984, ao Instituto de Economia (IE) da Unicamp. A safra de economistas que prosperou na Unicamp a partir dos anos 1970, substituindo os Delfins e os Simonsens, consolidou uma das principais escolas do pensamento econômico no Brasil, acirrando o debate sobre várias questões, entre as quais o papel do Estado na economia e as possibilidades de desenvolvimento das economias periféricas, especialmente a brasileira.
Não é por acaso que os chamados “heterodoxos”, conhecidos por suas críticas à “Escola de Chicago”, estiveram no eixo das decisões de sucessivos governos nas décadas de 1980 e 1990, chegando até os dias de hoje em diferentes estamentos da administração pública. Desde o Plano Cruzado, de José Sarney até o Fome Zero de Luiz Inácio Lula da Silva, o IE firmou-se, com folga, como maior fornecedor de quadros da Unicamp para a formulação de políticas públicas. Além de João Manuel, Belluzzo e Cano, passaram pela unidade – ou ainda estão lotados nela – nomes como José Serra, Paulo Renato Costa Souza, Barjas Negri, Walter Barelli, José Graziano da Silva, Antonio Kandir, Aloizio Mercadante, Carlos Américo Pacheco, Ricardo Carneiro, José Carlos Braga, Luciano Coutinho, Márcio Pochmann e o atual diretor do IE, Marcio Percival Alves Pinto, entre outros.
Agora, com licença senhores e senhoras, é hora do meu tricô...
Ex-Ministra Zélia Cardoso de Mello |
E deste circo que armou sua lona em Brasília, alguém se lembra? Que vergonha! Lastimável!
Ex-Senador Bernardo Cabral |
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Eleições e Otimismo? Agora é utopia.
Eu também não sou otimista quanto a políticos como a maioria dos brasileiros. Mas se somos nós que os colocamos lá, somos nós que precisamos nos movimentar para tirá-los de lá.
Achar que vamos tirar os políticos do poder sem esclarecer os jovens das classes menos favorecidas (que têm um poder grande de formar opinião entre os amigos), isso sim, seria utópico.
Eu acredito que não esteja pensando em mudar o mundo de uma hora para outra, mas sim fazer um trabalho de formiguinha e, a médio prazo, se pessoas como nós, tiverem boa vontade e coragem para doar uma pequena parte do seu tempo, não é impossível, não.
Eu acredito que há luz no fim do túnel |
Sabem, se muitas pessoas no meu círculo de conhecimento, que têm quase todos, no mínimo uma pós-graduação, ainda não têm em mente estes fundamentos (sabem que existem, mas se esquecem de praticá-los), imagine os jovens e os adultos das classes economicamente mais baixas do país inteiro, que vivem em periferias e pensam que basta um churrasco de vez em quando, para mantê-los votando regularmente nessa gente que aí está hoje e naqueles que estiveram aí ontem e anteontem, muita coisa poderia mudar, sim.
Quando a população despertar desse sono letárgico de estagnação do pensar, contra essa pasmaceira que aí se nos apresenta, desse desinteresse, dessa indiferença, dessa apatia, certamente, não seremos a 1ª economia do mundo. E nem é necessário. Mas seremos um país no qual não teremos mais tantos estranhos no ninho, dando murro em ponta de faca. Porque é apenas e exatamente isso que quem está no poder deseja da população, desde os tempos do Império, ou seja, não o Imperador ou o presidente da República em si, mas as elites que ditam o que os governos devem e não devem fazer para ambos lucrarem, desde os escravocratas e ruralistas até as elites de hoje, que são as grandes empresas privadas que vivem num eterno "parasitismo e simbiose" com os governos.
Aí, sim, poderemos ter uma infinidade de coisas que não vou listar aqui agora. Talvez em outro post em um outro dia. Isso não é fácil e leva muito tempo, geralmente mais de uma geração. E para isso acontecer, muitas pessoas que pensam assim precisam aparecer e AGIR. Você aí, não quer se juntar a essas pessoas?
Aí, sim, poderemos ter uma infinidade de coisas que não vou listar aqui agora. Talvez em outro post em um outro dia. Isso não é fácil e leva muito tempo, geralmente mais de uma geração. E para isso acontecer, muitas pessoas que pensam assim precisam aparecer e AGIR. Você aí, não quer se juntar a essas pessoas?
sábado, 1 de maio de 2010
As Asas Douradas de Mercúrio
Na ausência dele, em geral tudo se aquieta na ilha. As fadas levam uma hora a mais para surgirem pela a manhã, os animais cuidam dos filhotes... Mas com a chegada de Peter Pan, que odeia a letargia, todos começam a movimentar-se novamente.
Mercúrio era o deus romano encarregado de levar as mensagens de Júpiter. Ele era o mensageiro dos Deuses. Era filho de Júpiter e de Bona Dea e nasceu em Cilene, monte de Arcádia. Os seus atributos incluem uma bolsa, sandálias e um capacete com asas, uma varinha de condão e o caduceu. Era o deus da eloqüência, um deus pedagogo, do comércio, dos viajantes e dos ladrões, a personificação da inteligência. Correspondia ao Hermes grego, protetor dos rebanhos, dos viajantes e comerciantes: muito rápido, era o mensageiro. O planeta Mercúrio provavelmente recebeu este nome porque se move rapidamente no céu.
Indiscutivelmente, Mercúrio possui a mente velocíssima, está sempre atento e em guarda, sendo quase impossível ludibriá-lo. Para ele, o absoluto, o mais definitivo dos êxtases, é uma mudança de cenário, ir para qualquer lugar, seja onde for, desde que diferente e distanciado da rotina diária. Outro ponto importante, tempo é o material com que são feitos a vida e os sonhos. Desperdiçá-lo é algo pecaminoso.
Mercúrio é arguto e, como é mentalmente ágil, capta instantaneamente tudo o que vê, ouve ou lê. Suas idéias brotam quando menos se espera, em geral sendo sempre originais e fascinantes. Ele parece permanentemente ocupado em sonhar, pensar, planejar ou fazer.
Mercúrio é, no fundo, um instrutor, impelido a purificar águas lodosas com a claridade do raciocínio e da lógica. A fim de manter sua sagacidade afiada, Mercúrio precisa do estímulo mental ocasional do debate e da discussão.
A sedução mercuriana, por sua admirável inteligência, seu sorriso comovente e triangulado de garotinho, por seus olhos expressivos, cintilantes como estrelas, e também por seus múltiplos talentos, faz-nos sentir como que observando um caleidoscópio vivo.
Ar e água se misturam? Sim, quando a água se junta ao ar em unicidade, a água transforma o ar magicamente em seu próprio elemento, sob a forma de chuva refrescante e doadora de vida, após a qual toda a natureza se refresca.
Quem não gostaria de ter as asas douradas de Mercúrio e poder voar, mesmo que nos pensamentos? Quem saber voar através do tempo, ao passado?
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