Hoje vou deixar com vocês apenas o meu maior ídolo, o Charlie Brown. Eu amo o Charlie Brown. De todas as personagens de desenho animado, nenhuma me foi tão marcante quanto a Garotinha Ruiva, símbolo-mor de todos os amores idílicos e nunca concretizados. O que dizer de alguém que jamais teve coragem para falar com a Garotinha Ruiva e confessar a sua paixão? Charlie Brown pergunta em uma das tirinhas dos Peanuts: "mas o amor não existe para fazer a gente feliz?" Nem sempre, Minduim, nem sempre. Que o digam as angústias caladas, os sentimentos represados, tudo que passa pelo vórtice da paixão. Os personagens de Schulz sofrem com amores não-correspondidos. Sally ama Linus que ama sua professora; Lucy ama Schroeder que ama Beethoven (o compositor mesmo); Patty Pimentinha ama Charlie Brown que ama a Garotinha Ruiva. Bem... Enquanto aguardo a chegada da Grande Abóbora, vou vivendo meu momento Charlie Brown na vida.
Finalmente, a Grande Abóbora |
Quem acompanhou as histórias da turma dos Peanuts, perguntará: “ué, mas Charlie Brown não chegou a beijar a Garotinha Ruiva uma vez?” Sim, foi no especial para a TV "It's Your First Kiss, Charlie Brown", produzido em 1977. Vale à pena ressaltar que ela jamais foi mostrada em sequer uma tirinha de Schulz (a não ser através de menções feitas por outras personagens), e que sua aparição no desenho animado foi realizada à revelia de Schulz. Os produtores da TV deram até mesmo um nome para ela: Heather.
The first kiss |
Para os puristas (e eu me incluo entre eles), essa aparição é apócrifa e completamente oposta ao espírito original da personagem. Afinal de contas, como nomear ou dar face ao Mistério? Porque a Garotinha Ruiva nada mais é do que a metáfora daquele amor idílico que sentimos um dia na vida, aquele amor que permanecerá para sempre imaculado e perfeito em nossos sonhos platônicos.
Ahhh... A paixão... É devastadora... |
Os eternos amigos de todas as horas Charlie Brown e Snoopy |
O meu ídolo, Charlie Brown |
Eu vou.
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