Recebi de um amigo o link para um filme no Youtube com o sugestivo título de ‘O Transporte dos Cariocas’. O filme foi feito nos anos 1950 e interessei-me em assistir. Qual não foi minha surpresa quando vi um filme-propaganda realizado por Jean Manzón para o lançamento dos trolleybus no Rio de Janeiro. Durante o filme o locutor, Luiz Jatobá, dono de voz famosa naqueles tempos, ponderava os seguintes inconvenientes do trânsito no Rio de Janeiro à época.
1. O bonde não pode dar mais serviço que o atual. Com as ruas congestionadas, ele, o herói do passado, quase não pode abrir caminho. Se sua quantidade fosse aumentada haveria filas de bondes tão longas que impediriam o trânsito.
2. Lotações surgiram por decorrência das deficiências de até então. Ocupavam quase o mesmo espaço de um ônibus e conduziam um número insignificante de passageiros.
3. Quase todas as grandes cidades do mundo resolveram esse problema. Londres, Paris, Roma, Nova Iorque, Lisboa e São Paulo.
A essa altura eu já estava me contorcendo por ouvir tamanha quantidade de sandices como essas, mas elas não pararam por aí. Havia mais. Continuava a voz de Jatobá.
4. Viagens de lotação quase suicidas são enfrentadas pelos cariocas porque a falta de transportes adequados os obriga.
5. Empresas de ônibus isoladas e pequenas não podem manter o serviço de transporte adequado e os financiamentos para tais empresas se tornam quase impossíveis. A manutenção é cara, muitas linhas, longos percursos dão prejuízo. A conservação do material exige uma despesa astronômica.
Assim, terá a nossa cidade trolleybus velozes e silenciosos, sem fumaça, que levarão o conforto a numerosos bairros e ajudarão também a resolver o problema do estacionamento.
Uma organização que congregue todos os serviços de transporte poderá manter oficinas de alto padrão para poder conservar em boa forma o material rodante. Ônibus limpos, bem conservados, o que não seria possível com a existência de numerosas empresas pequenas. Uma grande organização também permitirá o funcionamento de escola de treinamento para o pessoal. Trocadores e motoristas bem uniformizados e, por incrível que pareça, bem educados. Veículos seguros e limpos, mais transporte, municipalização do serviço de transportes urbanos. O comando único faria isto. E faria do Rio a cidade maravilhosa dos nossos sonhos.
Bem, como estamos nos anos 1950, esse discurso “romantizado” talvez até coubesse no contexto. Mesmo assim, ainda tenho cá minhas dúvidas.
O que mais dói nisso tudo é ouvir Luiz Jatobá ler um texto no qual consta que cidades grandes como Paris, Londres já resolveram esse problema. Como assim, meu amigo?! ELAS NUNCA TIVERAM ESSE PROBLEMA!!! Essas cidades inauguraram suas primeiras linhas de metrô ainda no século XIX. Londres foi a primeira cidade a ter um metrô. Paris inaugurou sua primeira linha de metrô depois de Londres para a Exposição Internacional. Buenos Aires, cidade de terceiro mundo, "copiou" o BOM exemplo 13 anos depois de Paris. Inaugurou seu metrô em 1913 !!! O metrô brasileiro só começou em São Paulo em 1972, ou seja, 72 anos após o de Paris em 1900.
Fechando o raciocínio, nos anos 50, ninguém falava em metrô com o caos que era o trânsito na nossa cidade maravilhosa. Com 50 anos de atraso, o Brasil ainda tinha o mesmo discurso... Unificar a frota de ônibus. Ninguém sequer menciona a possibilidade de transportes de massa ferroviários. É lamentável ver que em 2010, ainda tenhamos metrô insuficiente e com obras maquiadas e mal feitas por interesses outros.
Se tívessemos um metrô decente no tempo certo, hoje, assim como Berlin e outras cidades grandes da europa, poderíamos conviver com os bondes naturalmente, pois que não poluem e são agradáveis. Gostei do assunto... Será o post de hoje do meu blog.
Underground em Londres
Inauguração do Metrô de Londres, primeiro trem subterrâneo do mundo, com 7Km de comprimento, constitui o sistema de metropolitano mais antigo e extenso do mundo. Entrou em operação no dia 10 de Janeiro de 1863 com a Metropolitan Railway, de onde surgiu o termo "metro" (a maior parte dessa rota inicial é agora parte da Hammersmith City line), e em 1890, começaram as primeiras operações com comboios elétricos.
As primeiras linhas da presente rede do Metropolitano de Londres, que foram construídas por várias empresas privadas, tornaram-se parte de um sistema de transporte integrado, que inclui também as principais linhas ferroviárias, em 1933. O Metropolitano de Londres fez história durante a Segunda Guerra Mundial, quando praticamente todos os cidadãos londrinos se refugiaram nos seus túneis durante os bombardeamentos alemães da Batalha da Inglaterra. Ao se esconderem nos túneis, os cidadãos conseguiram escapar a uma morte certa caso tivessem ficado à superfície, mesmo que fosse nas suas casas.
Métro de Paris
Entre os anos de 1860 e 1900, o metrô de Londres utilizou os clássicos trens a vapor. Vocês podem imaginar o estado dos passageiros e das estações. Isso não aconteceu com os trens de Paris.
No dia 19 de julho de 1900, o primeiro trecho do metropolitano de Paris tornou-se atração da Exposição Mundial.
A Construção
No dia 4/10/1898, começaram os trabalhos de construção da 1ª linha de metrô de Paris, ligando Porte de Vincennes - Porte Maillot. Foi uma construção que marcou a cidade por ser a primeira do gênero em Paris. A linha tinha 1.1Km de comprimento e contava com uma passagem subfluvial através do Rio Sena.
Exposição Mundial de Paris impulsionou construção
Ali estão, até hoje, as estações de Cité e Saint-Michel. Mas não foi sempre assim, no dia 19 de julho de 1900, o sistema ferroviário subterrâneo de Paris começou a operar com apenas 8 estações da Linha 1, ligando a zona leste à oeste. Os trabalhos de construção duraram quase dois anos. As escavações foram pouco profundas, para reduzir os custos, e algumas ruas, como a Saint Antoine, ficaram semeadas de imensas crateras. A Linha 1 ficou pronta exatamente a tempo para a Exposição Internacional de Paris. A idéia de construir um sistema de transportes subterrâneos para a metrópole já datava de meados do século XIX, como possível solução para seus crescentes problemas de trânsito.
Porém, o advento da mostra mundial foi o impulso decisivo. Pouco após a inauguração do metrô, 130 mil passageiros já o utilizavam diariamente. Atualmente, há cerca de 6 milhões de usuários, e os trens partem a cada três ou cinco minutos, para cobrir a demanda.
Os primeiros trens do metrô tinham 3 vagões de madeira, com 2 tipos de instalações, assentos de couro para a primeira classe e bancos de madeira para a segunda. Somente após um trágico incêndio com muitos mortos e feridos, em 1903, é que passaram a evitar os materiais facilmente inflamáveis. Desde então, os carros são construídos com metal leve e plástico.
A canção parisiense diz "Metro, boulot, dodo". Ou seja, "metrô, trabalho, dormir". Seria pena se o dia-a-dia na capital francesa realmente se reduzisse a estes três pólos. Mas uma coisa é verdade, o chemin de fer métropolitain, vulgo metro, desempenha um papel central na vida dos habitantes de Paris.
Diariamente, de 05:30h da manhã até pouco antes da meia-noite, ele garante transporte eficiente aos milhões de habitantes da metrópole às margens do Sena. Atualmente, possui 14 linhas com mais de 350 estações, em grande parte subterrâneas. Os túneis do metrô esburacam as entranhas da capital como um queijo suíço, tornando fácil o acesso a praticamente qualquer ponto da cidade.
"Subte" - O metrô de Buenos Aires
O metrô de Buenos Aires data de 1913 e é o primeiro do hemisfério Sul. Cresceu até a década de 50 e depois de muitos anos voltou a se expandir.
Atualmente há 6 linhas: A, B, C, D, E e H. Não me perguntem sobre o F e o G, simplesmente não existem. Porém as características das estações e seus vagões são as mesmas de sempre!
A linha A, a primeira de todas, possui todos seus vagões ainda em madeira, no mesmo formato de 1913. As portas são manuais e a cada parada um funcionário as abre. Para que o vagão volte a partir, outro funcionário “apita” e fecham-se as portas. É um túnel do tempo. Parece um filme.
As outras linhas, menos antigas não carregam o charme da linha A. São sujas, cheias de ambulantes vendendo bugigangas e músicos, às vezes bons, tocando o que podem.
Falta ar e sobra gente. Termina sendo um transporte incômodo e desagradável. Diria que mortal aos claustrofóbicos.
Quem tem o hábito de usar o metrô de SP, moderno, limpo e sem ambulantes, tem uma má sensação de atraso ao usar o “subte”, forma como é chamado o metrô de Buenos Aires. O “subte” e outras coisas foram largadas e deixadas de lado pelos últimos governos argentinos. Esse abandono transforma o que era “antigo” em “velho”, o que parece ser o caminho que a cidade vem tomando.
Ainda hoje, em pleno século XXI, os planos de revitalização dos transportes no Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016 não contemplam 1Km sequer de transporte ferroviário de massa. Lembrem-se que o metrô é transporte ferroviário, não apenas os trens urbanos. Limitam-se a construir mais e mais linhas rodoviárias, que serão salpicadas por diversas linhas de ônibus, "a gosto". Emitindo mais CO2 pela cidade. Talvez, no século XXII, em pleno ano de 2101, a cidade esteja inaugurando um novo trecho do metrô. Isso quando a nossa "megalópole maravilhosa" já não contiver mais cariocas, apenas uma massa de pessoas vindas de todos os pontos do Brasil, já total e humanamente degradada. Inviável como uma cidade dentro do conceito de cidade que conhecemos atualmente.
E ninguém poderá culpar nenhum governo, porque quem deu ao poder público a permissão irrestrita de acabar lentamente com a cidade foi o próprio povo carioca.
1. O bonde não pode dar mais serviço que o atual. Com as ruas congestionadas, ele, o herói do passado, quase não pode abrir caminho. Se sua quantidade fosse aumentada haveria filas de bondes tão longas que impediriam o trânsito.
2. Lotações surgiram por decorrência das deficiências de até então. Ocupavam quase o mesmo espaço de um ônibus e conduziam um número insignificante de passageiros.
3. Quase todas as grandes cidades do mundo resolveram esse problema. Londres, Paris, Roma, Nova Iorque, Lisboa e São Paulo.
A essa altura eu já estava me contorcendo por ouvir tamanha quantidade de sandices como essas, mas elas não pararam por aí. Havia mais. Continuava a voz de Jatobá.
4. Viagens de lotação quase suicidas são enfrentadas pelos cariocas porque a falta de transportes adequados os obriga.
5. Empresas de ônibus isoladas e pequenas não podem manter o serviço de transporte adequado e os financiamentos para tais empresas se tornam quase impossíveis. A manutenção é cara, muitas linhas, longos percursos dão prejuízo. A conservação do material exige uma despesa astronômica.
Assim, terá a nossa cidade trolleybus velozes e silenciosos, sem fumaça, que levarão o conforto a numerosos bairros e ajudarão também a resolver o problema do estacionamento.
Uma organização que congregue todos os serviços de transporte poderá manter oficinas de alto padrão para poder conservar em boa forma o material rodante. Ônibus limpos, bem conservados, o que não seria possível com a existência de numerosas empresas pequenas. Uma grande organização também permitirá o funcionamento de escola de treinamento para o pessoal. Trocadores e motoristas bem uniformizados e, por incrível que pareça, bem educados. Veículos seguros e limpos, mais transporte, municipalização do serviço de transportes urbanos. O comando único faria isto. E faria do Rio a cidade maravilhosa dos nossos sonhos.
Bem, como estamos nos anos 1950, esse discurso “romantizado” talvez até coubesse no contexto. Mesmo assim, ainda tenho cá minhas dúvidas.
O que mais dói nisso tudo é ouvir Luiz Jatobá ler um texto no qual consta que cidades grandes como Paris, Londres já resolveram esse problema. Como assim, meu amigo?! ELAS NUNCA TIVERAM ESSE PROBLEMA!!! Essas cidades inauguraram suas primeiras linhas de metrô ainda no século XIX. Londres foi a primeira cidade a ter um metrô. Paris inaugurou sua primeira linha de metrô depois de Londres para a Exposição Internacional. Buenos Aires, cidade de terceiro mundo, "copiou" o BOM exemplo 13 anos depois de Paris. Inaugurou seu metrô em 1913 !!! O metrô brasileiro só começou em São Paulo em 1972, ou seja, 72 anos após o de Paris em 1900.
Fechando o raciocínio, nos anos 50, ninguém falava em metrô com o caos que era o trânsito na nossa cidade maravilhosa. Com 50 anos de atraso, o Brasil ainda tinha o mesmo discurso... Unificar a frota de ônibus. Ninguém sequer menciona a possibilidade de transportes de massa ferroviários. É lamentável ver que em 2010, ainda tenhamos metrô insuficiente e com obras maquiadas e mal feitas por interesses outros.
Se tívessemos um metrô decente no tempo certo, hoje, assim como Berlin e outras cidades grandes da europa, poderíamos conviver com os bondes naturalmente, pois que não poluem e são agradáveis. Gostei do assunto... Será o post de hoje do meu blog.
Underground em Londres
Inauguração do Metrô de Londres, primeiro trem subterrâneo do mundo, com 7Km de comprimento, constitui o sistema de metropolitano mais antigo e extenso do mundo. Entrou em operação no dia 10 de Janeiro de 1863 com a Metropolitan Railway, de onde surgiu o termo "metro" (a maior parte dessa rota inicial é agora parte da Hammersmith City line), e em 1890, começaram as primeiras operações com comboios elétricos.
As primeiras linhas da presente rede do Metropolitano de Londres, que foram construídas por várias empresas privadas, tornaram-se parte de um sistema de transporte integrado, que inclui também as principais linhas ferroviárias, em 1933. O Metropolitano de Londres fez história durante a Segunda Guerra Mundial, quando praticamente todos os cidadãos londrinos se refugiaram nos seus túneis durante os bombardeamentos alemães da Batalha da Inglaterra. Ao se esconderem nos túneis, os cidadãos conseguiram escapar a uma morte certa caso tivessem ficado à superfície, mesmo que fosse nas suas casas.
Construção da Linha Central do metrô de Londres, em 1898 |
Métro de Paris
Entre os anos de 1860 e 1900, o metrô de Londres utilizou os clássicos trens a vapor. Vocês podem imaginar o estado dos passageiros e das estações. Isso não aconteceu com os trens de Paris.
No dia 19 de julho de 1900, o primeiro trecho do metropolitano de Paris tornou-se atração da Exposição Mundial.
Em 19 de julho de 1900, Paris inaugurou seu metrô que foi um sucesso enorme durante a Exposição Internacional. |
A Construção
No dia 4/10/1898, começaram os trabalhos de construção da 1ª linha de metrô de Paris, ligando Porte de Vincennes - Porte Maillot. Foi uma construção que marcou a cidade por ser a primeira do gênero em Paris. A linha tinha 1.1Km de comprimento e contava com uma passagem subfluvial através do Rio Sena.
Exposição Mundial de Paris impulsionou construção
Ali estão, até hoje, as estações de Cité e Saint-Michel. Mas não foi sempre assim, no dia 19 de julho de 1900, o sistema ferroviário subterrâneo de Paris começou a operar com apenas 8 estações da Linha 1, ligando a zona leste à oeste. Os trabalhos de construção duraram quase dois anos. As escavações foram pouco profundas, para reduzir os custos, e algumas ruas, como a Saint Antoine, ficaram semeadas de imensas crateras. A Linha 1 ficou pronta exatamente a tempo para a Exposição Internacional de Paris. A idéia de construir um sistema de transportes subterrâneos para a metrópole já datava de meados do século XIX, como possível solução para seus crescentes problemas de trânsito.
Porém, o advento da mostra mundial foi o impulso decisivo. Pouco após a inauguração do metrô, 130 mil passageiros já o utilizavam diariamente. Atualmente, há cerca de 6 milhões de usuários, e os trens partem a cada três ou cinco minutos, para cobrir a demanda.
Os primeiros trens do metrô tinham 3 vagões de madeira, com 2 tipos de instalações, assentos de couro para a primeira classe e bancos de madeira para a segunda. Somente após um trágico incêndio com muitos mortos e feridos, em 1903, é que passaram a evitar os materiais facilmente inflamáveis. Desde então, os carros são construídos com metal leve e plástico.
1º túnel no mundo a ser construído sob um rio navegável usando a inovadora tecnologia de proteção de Brunel em 1843, o Rio Sena. |
A canção parisiense diz "Metro, boulot, dodo". Ou seja, "metrô, trabalho, dormir". Seria pena se o dia-a-dia na capital francesa realmente se reduzisse a estes três pólos. Mas uma coisa é verdade, o chemin de fer métropolitain, vulgo metro, desempenha um papel central na vida dos habitantes de Paris.
As famosas e típicas entradas Belle Époque do metrô de Paris |
Diariamente, de 05:30h da manhã até pouco antes da meia-noite, ele garante transporte eficiente aos milhões de habitantes da metrópole às margens do Sena. Atualmente, possui 14 linhas com mais de 350 estações, em grande parte subterrâneas. Os túneis do metrô esburacam as entranhas da capital como um queijo suíço, tornando fácil o acesso a praticamente qualquer ponto da cidade.
"Subte" - O metrô de Buenos Aires
O metrô de Buenos Aires data de 1913 e é o primeiro do hemisfério Sul. Cresceu até a década de 50 e depois de muitos anos voltou a se expandir.
Atualmente há 6 linhas: A, B, C, D, E e H. Não me perguntem sobre o F e o G, simplesmente não existem. Porém as características das estações e seus vagões são as mesmas de sempre!
A linha A, a primeira de todas, possui todos seus vagões ainda em madeira, no mesmo formato de 1913. As portas são manuais e a cada parada um funcionário as abre. Para que o vagão volte a partir, outro funcionário “apita” e fecham-se as portas. É um túnel do tempo. Parece um filme.
Trens da Linha A do Metrô de Buenos Aires |
Falta ar e sobra gente. Termina sendo um transporte incômodo e desagradável. Diria que mortal aos claustrofóbicos.
Trecho de Plaza de Mayo a Plaza Once em Buenos Aires inaugurado em 01/12/1913 |
Quem tem o hábito de usar o metrô de SP, moderno, limpo e sem ambulantes, tem uma má sensação de atraso ao usar o “subte”, forma como é chamado o metrô de Buenos Aires. O “subte” e outras coisas foram largadas e deixadas de lado pelos últimos governos argentinos. Esse abandono transforma o que era “antigo” em “velho”, o que parece ser o caminho que a cidade vem tomando.
1º trem do metrô de SP agosto de 1972 |
Ainda hoje, em pleno século XXI, os planos de revitalização dos transportes no Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016 não contemplam 1Km sequer de transporte ferroviário de massa. Lembrem-se que o metrô é transporte ferroviário, não apenas os trens urbanos. Limitam-se a construir mais e mais linhas rodoviárias, que serão salpicadas por diversas linhas de ônibus, "a gosto". Emitindo mais CO2 pela cidade. Talvez, no século XXII, em pleno ano de 2101, a cidade esteja inaugurando um novo trecho do metrô. Isso quando a nossa "megalópole maravilhosa" já não contiver mais cariocas, apenas uma massa de pessoas vindas de todos os pontos do Brasil, já total e humanamente degradada. Inviável como uma cidade dentro do conceito de cidade que conhecemos atualmente.
E ninguém poderá culpar nenhum governo, porque quem deu ao poder público a permissão irrestrita de acabar lentamente com a cidade foi o próprio povo carioca.
Lindo documentário histórico, Eliane! Mas uma obra prima desse blog primoso, parabéns!
ResponderExcluirAbraço,
Adriano
Nossa Adriano. Obrigada. Vindo de você, me sinto lisonjeada. :))
ResponderExcluirAbraços
só que o Brasil com suas linhas metroviárias está um pouco atrasado com relação ao resto do mundo, Paris inaugurando em 1900, Londres a mais de 150 anos , Buenos Aires em 1907 e São paulo em 1972
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