Assisti ao vídeo acima, que já é antigo, 24/03/2010, em meados de fevereiro/2011. Eu não o conhecia, tampouco sabia da existência deste discurso fervoroso da Deputada Cidinha Campos, PDT-RJ, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – ALERJ.
Realmente, por não estarmos habituados a ver e ouvir aquilo que deveria ser o normal no dia a dia dos que se prestam a trabalhar na vida política, que tem por finalidade defender os direitos do povo da sua terra e a soberania da sua pátria, um discurso como este dá um nó na cabeça dos brasileiros. É mais do que certo que, por esta, os cariocas e os brasileiros não esperavam.
A Deputada Cidinha Campos sempre teve uma personalidade forte, de mulher determinada. Eu costumava assistir à TV ALERJ quando a operadora da minha TV a cabo era a NET. Como mudei para a SKY, via satélite, perdi todos os canais locais, pois o satélite não transmite proframação local. Muitos acham enfadonho e até inútil assistir a uma sessão da ALERJ, da Câmara dos Deputados em Brasília, do Senado Federal ou do STF. Mero engano. É ali que ficamos sabendo exatamente boa parte do que acontece no país. É também assistindo aos trabalhos do poder legislativo, que vemos o desempenho de cada membro destas casas. Talvez um dia, quem sabe, a população brasileira abrirá mão, espontaneamente, da programação matinal e vespertina da “única” TV comercial aberta deste país, e passará a assistir canais de TV nos quais não há comerciais de margarina; em vez disso transmitem uma boa dose da vida real brasileira.
Impressionou-me como a indignação profunda de uma mulher séria calou fundo nos membros da ALERJ. Diante da algazarra e zombarias, características das casas parlamentares brasileiras, a voz daquela mulher revoltada com tamanho desmando, consentido veladamente no país, produziu um silêncio sepulcral de sete minutos no Palácio Tiradentes no Rio de Janeiro. Talvez todos estivessem lembrando-se das palavras, infelizmente ainda tão atuais, proferidas em discurso no Senado Federal, em 1914, por Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
É mesmo espantoso quando alguém levanta-se e diz... Nada além da verdade. O hábito de assistirmos ao silêncio criminoso de todos diante da corrupção que corrói as estruturas do país, abalou a população brasileira que se sentia órfã de exemplos de idoneidade. A Deputada “lavou a alma” dos brasileiros durante sete minutos ininterruptos. Por onde este vídeo passou, deixou um rastro de elogios e agradecimentos à Deputada Cidinha Campos. Entretanto, a repercussão alcançada por este discurso me fez pensar, refletir bastante. O que mais eu li nas palavras dos brasileiros foi: “Deputada Cidinha Campos para presidente”.
De fato, a pergunta que não quer calar é: “Mas não é essa a sua obrigação? Não foi para isso que a nobre Deputada foi eleita?” O fato é que a Deputada foi a única que cumpriu sua obrigação. O que deveria ser a regra tornou-se a exceção. Será que ninguém percebeu isso? Ou será que o problema sou eu, com meu cartesianismo?
Por último, peço minhas desculpas aos leitores por estar comentando uma notícia tão antiga, mas eu realmente não sabia deste episódio e achei que deveria externar minha opinião.
Realmente, por não estarmos habituados a ver e ouvir aquilo que deveria ser o normal no dia a dia dos que se prestam a trabalhar na vida política, que tem por finalidade defender os direitos do povo da sua terra e a soberania da sua pátria, um discurso como este dá um nó na cabeça dos brasileiros. É mais do que certo que, por esta, os cariocas e os brasileiros não esperavam.
A Deputada Cidinha Campos sempre teve uma personalidade forte, de mulher determinada. Eu costumava assistir à TV ALERJ quando a operadora da minha TV a cabo era a NET. Como mudei para a SKY, via satélite, perdi todos os canais locais, pois o satélite não transmite proframação local. Muitos acham enfadonho e até inútil assistir a uma sessão da ALERJ, da Câmara dos Deputados em Brasília, do Senado Federal ou do STF. Mero engano. É ali que ficamos sabendo exatamente boa parte do que acontece no país. É também assistindo aos trabalhos do poder legislativo, que vemos o desempenho de cada membro destas casas. Talvez um dia, quem sabe, a população brasileira abrirá mão, espontaneamente, da programação matinal e vespertina da “única” TV comercial aberta deste país, e passará a assistir canais de TV nos quais não há comerciais de margarina; em vez disso transmitem uma boa dose da vida real brasileira.
Impressionou-me como a indignação profunda de uma mulher séria calou fundo nos membros da ALERJ. Diante da algazarra e zombarias, características das casas parlamentares brasileiras, a voz daquela mulher revoltada com tamanho desmando, consentido veladamente no país, produziu um silêncio sepulcral de sete minutos no Palácio Tiradentes no Rio de Janeiro. Talvez todos estivessem lembrando-se das palavras, infelizmente ainda tão atuais, proferidas em discurso no Senado Federal, em 1914, por Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
Deputada Cidinha Campos, PDT-RJ |
De fato, a pergunta que não quer calar é: “Mas não é essa a sua obrigação? Não foi para isso que a nobre Deputada foi eleita?” O fato é que a Deputada foi a única que cumpriu sua obrigação. O que deveria ser a regra tornou-se a exceção. Será que ninguém percebeu isso? Ou será que o problema sou eu, com meu cartesianismo?
Por último, peço minhas desculpas aos leitores por estar comentando uma notícia tão antiga, mas eu realmente não sabia deste episódio e achei que deveria externar minha opinião.
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Tô só de olho em você...
Já ia sair de fininho sem deixar um comentário, né?!
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Não tem de ser só elogio... Quero sua opinião de verdade!