sábado, 7 de maio de 2011

Dia das Mães

Essas mulheres são muito especiais. De uma maneira ou de outra, todos nós as temos. Ou já as tivemos bem perto, hoje não mais.

Para mim, o Dia das Mães, assim como qualquer outro "Dia do(as)" é meramente comercial (eu já disse isso antes), pois quem ama e é amado não deseja presentes, nada material, mas carinho, palavras ternas de compreensão, segurança, um ombro para chorar de vez em quando (ou em muito), estar perto, impor limites, respeito, fazer um cafuné, ser coberto de beijinhos desinteressados, ver os filhos transformando-se em homens e mulheres de bem, ter nos filhos os melhores amigos e saber que eles também se sentem assim. Isso é a verdadeira celebração de um amor especial. É celebrar a cumplicidade, o companheirismo, a amizade, essas coisas de quem está dividindo a estrada da vida conosco.

Eu adoraria que todos os filhos, neste Dia das Mães, não gastassem um único centavo com presentes materiais para estimular o comércio e essa onda consumista que nos engole atualmente. Essa coisa de comprar, comprar, comprar já levou a sociedade a uma grande inversão de valores, apesar de muitos ainda não terem percebido. E isso vai nos custar muito caro num futuro breve. É provável que eu não esteja mais neste planeta quando isso acontecer, mas é triste saber que meus descendentes estarão.

Por isso, neste dia, convencionadamente chamado de Dia das Mães, presto minha homenagem a todas as mulheres que tanto lutaram para ter seus bebês fofinhos, mas que a Mãe Natureza, caprichosa como ela é, não o quis. E são essas mães aquelas para quem corremos de braços abertos na hora em que mais precisamos. Essas mulheres são mães especialíssimas, pois elas são a mãe de cada sobrinho, cada irmão, cada familiar, sem exceção. Preocupam-se com todos na família. Não dormem antes de rezar por cada um deles. São tão mães quanto às biológicas.

Eu tive a honra de ter várias mães. É isso mesmo. A biológica, que me fez ser o que sou até seu último dia de vida. Minha madrinha de batismo, irmã de minha mãe, tia Marly, que várias vezes esteve presente nas festinhas da minha escolinha maternal para receber os presentinhos que fazíamos. Isso porque, hoje é que eu entendo, e me orgulho enormemente do seu pioneirismo, minha mãe estava trabalhando fora, coisa que em 1964/65, era difícil acontecer. Minha adorada tia Norma, que me viu nascer, chorar muito de birra, crescer, fazer malcriação e depois eu ainda tive o grande prazer de vê-la com minha filha nos braços ainda na maternidade. Cá entre nós, tem “lembrancinha” que pague esse momento? E a minha querida, doce e delicadíssima tia Marilene, quero deixar o meu beijo carinhoso e a minha eterna gratidão por ter me acolhido e me adotado como se fora uma filha (mimada) quando minha mãe já não se encontrava mais entre nós. Esses momentos, pessoal dos presentinhos e dos shoppings lotados, que não há dinheiro no mundo que pague. Por isso, eu prefiro sempre homenagear, mães, pais, mulheres, professores, amigos todos os dias do ano, sem dia ou hora marcados. Isso sim é o verdadeiro significado de “lembrança”. Nada a ver com “lembrancinha”.

Desejo a todos um iluminado domingo das Mães.



Escolhi esta mulher para representar todas as mães do mundo.



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