Num tempo em que a geografia era um impecílio para a comunicação entre os homens, principalmente entre o final do século XIX e início do XX, as Feiras e Exposições Internacionais ou Mundiais se espalhavam pelo mundo.
Eram construídas verdadeiras “cidades de sonhos” dentro das cidades para abrigar as celebrações de datas importantes para os países que as sediavam. A Torre Eiffel é o maior símbolo de uma destas Exposições. Ela foi construída para ser inaugurada na celebração do Centenário da Revolução Francesa, 1889. Aproveitando a data e a virada do século, Paris explodiu em luzes para Exposição Universal. Celebram-se ali os avanços da técnica, a pujança da indústria, a diversidade das civilizações. Enquanto os ingleses, que inventaram a moda das exposições universais com a Great Exhibition realizada em Londres quase quatro décadas antes e, basicamente, dedicada às conquistas da técnica e da manufatura, os franceses reservaram um lugar privilegiado às artes plásticas. No festival de premiações que acompanhou o evento, até o brasileiro Victor Meirelles foi contemplado.
No Brasil, tivemos em 1908, Exposição Nacional que foi promovida pelo Governo Federal, com a justificativa de celebrar o centenário da Abertura dos Portos às Nações Amigas. O grande evento, também tinha como objetivos fazer um inventário da economia, da cultura, da história do país e apresentar a nova Capital da República - urbanizada pelo Prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz – a diversas autoridades nacionais e estrangeiras que a visitaram, revelando o Brasil, sua diversidade e seus contrastes, pela primeira vez em toda a sua complexidade.
Alguns anos depois, em 7 de setembro de 1922, o presidente Epitácio Pessoa, em meio a um festival de comemorações ao centenário da Independência, inaugurou, oficialmente, a Exposição Internacional do Rio de Janeiro, que, como a Exposição de 1908, visava atrair libras e dólares para o Brasil. Prédios monumentais, para abrigar stands de 14 países e de todos os estados brasileiros, foram construídos em duas áreas contíguas, que se estenderam do Palácio Monroe ao Mercado da Praça XV e que abrigaram as mostras dos principais produtos brasileiros. Ou seja, todo o espaço antes ocupado pelo Morro do Castelo transformou-se em espaço para a exposição. Nesta noite, após o "Te Deum Laudamus" celebrada na antiga catedral Metropolitana (na Avenida 1º de Março), todos os Palácios da Exposição e os navios ancorados no porto iluminaram a mostra num imenso clarão de esplendor e beleza. Pelos altos falantes da exposição foi transmitida, diretamente do Teatro Municipal, a ópera "O Guarani" de Carlos Gomes. A exposição de 1922 reinou na capital da República dos Estados Unidos do Brasil por 7 meses, até 23 de março de 1923.
Hoje, já contamos com Copas do Mundo de Futebol, Olimpíadas e eventos mais “modernos” para atrair não mais as libras esterlinas, mas os dólares estadunidenses e os euros. Não vou comentar nada sobre 2014 ou 2016. Quem viver, verá.
Vejam algumas fotos do Mestre Augusto Malta mostrando o esplendor da noite de 7 de setembro de 1922. Deve ter sido uma noite realmente memorável. Quisera estar presente naquele momento.
Eram construídas verdadeiras “cidades de sonhos” dentro das cidades para abrigar as celebrações de datas importantes para os países que as sediavam. A Torre Eiffel é o maior símbolo de uma destas Exposições. Ela foi construída para ser inaugurada na celebração do Centenário da Revolução Francesa, 1889. Aproveitando a data e a virada do século, Paris explodiu em luzes para Exposição Universal. Celebram-se ali os avanços da técnica, a pujança da indústria, a diversidade das civilizações. Enquanto os ingleses, que inventaram a moda das exposições universais com a Great Exhibition realizada em Londres quase quatro décadas antes e, basicamente, dedicada às conquistas da técnica e da manufatura, os franceses reservaram um lugar privilegiado às artes plásticas. No festival de premiações que acompanhou o evento, até o brasileiro Victor Meirelles foi contemplado.
No Brasil, tivemos em 1908, Exposição Nacional que foi promovida pelo Governo Federal, com a justificativa de celebrar o centenário da Abertura dos Portos às Nações Amigas. O grande evento, também tinha como objetivos fazer um inventário da economia, da cultura, da história do país e apresentar a nova Capital da República - urbanizada pelo Prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz – a diversas autoridades nacionais e estrangeiras que a visitaram, revelando o Brasil, sua diversidade e seus contrastes, pela primeira vez em toda a sua complexidade.
Alguns anos depois, em 7 de setembro de 1922, o presidente Epitácio Pessoa, em meio a um festival de comemorações ao centenário da Independência, inaugurou, oficialmente, a Exposição Internacional do Rio de Janeiro, que, como a Exposição de 1908, visava atrair libras e dólares para o Brasil. Prédios monumentais, para abrigar stands de 14 países e de todos os estados brasileiros, foram construídos em duas áreas contíguas, que se estenderam do Palácio Monroe ao Mercado da Praça XV e que abrigaram as mostras dos principais produtos brasileiros. Ou seja, todo o espaço antes ocupado pelo Morro do Castelo transformou-se em espaço para a exposição. Nesta noite, após o "Te Deum Laudamus" celebrada na antiga catedral Metropolitana (na Avenida 1º de Março), todos os Palácios da Exposição e os navios ancorados no porto iluminaram a mostra num imenso clarão de esplendor e beleza. Pelos altos falantes da exposição foi transmitida, diretamente do Teatro Municipal, a ópera "O Guarani" de Carlos Gomes. A exposição de 1922 reinou na capital da República dos Estados Unidos do Brasil por 7 meses, até 23 de março de 1923.
Hoje, já contamos com Copas do Mundo de Futebol, Olimpíadas e eventos mais “modernos” para atrair não mais as libras esterlinas, mas os dólares estadunidenses e os euros. Não vou comentar nada sobre 2014 ou 2016. Quem viver, verá.
Vejam algumas fotos do Mestre Augusto Malta mostrando o esplendor da noite de 7 de setembro de 1922. Deve ter sido uma noite realmente memorável. Quisera estar presente naquele momento.
Cartaz da Exposição de 1922 |
A Torre do Calabouço e a cúpula do famoso "Bolo de Noiva" |
Panorâmica noturna da Exposição na Praça XV |
A cúpula do Ministério da Agricultura, o "Bolo de Noiva" e a Baía de Guanabara ao fundo |
De outro ângulo os prédios no entorno da Praça XV e os fogos de artifício |
Observem este prédio, o Pavilhão das Pequena Indústrias. Este prédio NÃO foi demolido. Sua arquitetura foi adequada e ele foi incorporado ao que hoje é o Museu Histórico Nacional. |
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Tô só de olho em você...
Já ia sair de fininho sem deixar um comentário, né?!
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