terça-feira, 21 de junho de 2011
Energia Nuclear, Mitos e Verdades
Eng. Leonam Gimarães |
Recomendo que vocês comecem assistindo ao 2º bloco do programa e, em seguida, ao 3º bloco; só então, sugiro assistirem ao 1º bloco. Quem quiser ver cair por terra mitos sobre energia nuclear criados ao longo do tempo por conveniência política do mundo bipolar durante todo o tempo da Guerra Fria, vai gostar de ouvir as palavras muito bem fundamentadas, sobre um tema tão polêmicocomo a energia nuclear.
Clique no link abaixo para assistir.
Centro de Midia Eletrônica do Crea-RJ
sábado, 18 de junho de 2011
Meu irmão, Alexandre
Hoje não é nenhuma data em especial, mas me lembrei muito do meu irmão, Alexandre, que faleceu num acidente de moto, em 1 de abril de 1988. Era uma sexta-feira da Paixão. Esse dia aconteceu há 23 anos, mas parece que foi há muito mais tempo. Como ele nasceu em 7 de outubro de 1961, faleceu com 26 anos e, se vivo fosse, em outubro completaria 50 anos.
Ao passar hoje pela sala vi sua foto no porta-retratos e parei. Comecei a pensar em como seria hoje o rosto dele. Talvez já estivesse com os cabelos grisalhos. O que certamente em nada teria mudado seriam seus incríveis e grandes olhos azuis, que gritavam em seu rosto.
Não há nada de extraordinário a ser dito sobre ele. Era um garoto normal. Mas nós dois brigávamos o tempo todo, pois ele não se furtava em aproveitar cada mínima oportunidade para implicar comigo até meu pavio curto arder numa chama de raiva e protestar, zagada, que ele estava me atrapalhando, blá blá blá. Aí, ele me vendo enfurecida, começava a rir e dizia: “Viu?! Ficou logo zangadinha.” E saía do meu quarto rindo como quem ganha mais uma batalha. Nunca entendi o prazer que ele sentia em implicar comigo. Só sei dizer que era assim quase todo dia, para desespero de todos. Eu era toda certinha, cumpria os horários, só tirava notas altas no colégio. Ele era apenas o extremo oposto. Totalmente blasé. E se havia algo que ele gostava de fazer era jogar futebol. Todos diziam que ele jogava muito bem. Para ser sincera, eu nunca o vi jogando.
Isso tudo porque eu vi na foto dele da 1ª Comunhão um momento congelado no tempo. O passar do tempo é um mistério que me fascina e me dá medo simultaneamente. Eis aí a foto que me deixou nostálgica.
Ao passar hoje pela sala vi sua foto no porta-retratos e parei. Comecei a pensar em como seria hoje o rosto dele. Talvez já estivesse com os cabelos grisalhos. O que certamente em nada teria mudado seriam seus incríveis e grandes olhos azuis, que gritavam em seu rosto.
Não há nada de extraordinário a ser dito sobre ele. Era um garoto normal. Mas nós dois brigávamos o tempo todo, pois ele não se furtava em aproveitar cada mínima oportunidade para implicar comigo até meu pavio curto arder numa chama de raiva e protestar, zagada, que ele estava me atrapalhando, blá blá blá. Aí, ele me vendo enfurecida, começava a rir e dizia: “Viu?! Ficou logo zangadinha.” E saía do meu quarto rindo como quem ganha mais uma batalha. Nunca entendi o prazer que ele sentia em implicar comigo. Só sei dizer que era assim quase todo dia, para desespero de todos. Eu era toda certinha, cumpria os horários, só tirava notas altas no colégio. Ele era apenas o extremo oposto. Totalmente blasé. E se havia algo que ele gostava de fazer era jogar futebol. Todos diziam que ele jogava muito bem. Para ser sincera, eu nunca o vi jogando.
Isso tudo porque eu vi na foto dele da 1ª Comunhão um momento congelado no tempo. O passar do tempo é um mistério que me fascina e me dá medo simultaneamente. Eis aí a foto que me deixou nostálgica.
Eu não exagerei, não. Era de verdade mesmo... |
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Quantas moedas o Brasil já teve?
Você tem boa memória? Será que alguém vai se lembrar das moedas brasileiras? Não as tão antigas quanto as do tempo do descobrimento ou do Império, mas as do século XX.
1500 - Tostão
Ao chegar ao Brasil, os portugueses encontraram cerca de 3 milhões de índios vivendo em economia de subsistência. Já os colonizadores usavam moedas de cobre e ouro, que tinham diversos nomes de acordo com a origem: tostão, português, cruzado, vintém e são-vicente.
Século XVI - Jimbo e réis
A pequena concha era usada como moeda no Congo e em Angola. Chegando ao Brasil, os escravos a encontram no litoral da Bahia e mantiveram a tradição. Desde o descobrimento, porém, a moeda mais usada foi o real português, mais conhecido no seu plural “réis”, que valeu até 1942.
1614 - Açúcar
Por ordem do governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, o açúcar foi aceito como moeda oficial no Brasil. De acordo com a lei, comerciantes foram obrigados a aceitar o produto para pagar compras.
1695 - Cara e coroa
A Casa da Moeda do Brasil, inaugurada na Bahia em 1694, cunhou suas primeiras moedas de ouro. Em 1727, surgiram as primeiras moedas brasileiras com a figura do governante de um lado e as armas do reino do outro, conforme a tradição européia. Os termos “cara” e “coroa” vêm daí.
1942 - Cruzeiro
O antigo Real (Réis) circulou no Brasil até aquele ano, quando, através do Decreto-Lei nº 4.791, de 05/10/42 foi implantado o Cruzeiro (Cr$) com a paridade de 1.000 réis = 1,00 cruzeiro.
Na primeira troca de moeda do Brasil, os réis foram substituídos pelo cruzeiro durante o governo de Getúlio Vargas. Mil réis passaram a valer 1 cruzeiro; foi o primeiro corte de três zeros da história monetária do país. Foi também nesta época que surgiu o centavo.
Um exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinqüenta mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros e quarenta centavos).
1967 - Cruzeiro novo
O cruzeiro novo foi criado para substituir o cruzeiro, que levou outro corte de três zeros. Mais uma vez, isso ocorreu por causa da desvalorização da moeda. Para adaptar as antigas cédulas que estavam em circulação, o governo mandou carimbá-las.
1970 - Cruzeiro
A moeda trocou de nome e voltou a se chamar cruzeiro. Dessa vez, porém, só mudou o nome, não o valor. Ou seja, 1 cruzeiro novo valia 1 cruzeiro.
1986 - Cruzado
Por causa da inflação, que alcançou 200% ao ano, o governo de José Sarney lançou o cruzado. Mil cruzeiros passaram a valer 1 cruzado em fevereiro daquele ano. No fim do ano, os preços foram congelados, assim como os salários dos brasileiros.
1989 - Cruzado novo
Por causa de inflação de 1.000% ao ano, ocorreu uma nova troca de moeda. O cruzado perdeu três zeros e virou cruzado novo. A mudança foi decorrência de um plano econômico chamado Plano Verão, elaborado pelo então Ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.
1990 - Cruzeiro
O cruzado novo voltou a se chamar cruzeiro durante o governo de Fernando Collor de Mello. O mesmo plano econômico, desenvolvido pela equipe da famigerada ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, decretou o bloqueio das cadernetas de poupança e das contas correntes de todos os cidadãos brasileiros por 18 meses.
1993 - Cruzeiro real
No governo de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, o cruzeiro sofreu outro corte de três zeros e virou cruzeiro real. No fim do ano, o ministro criou um indexador único, a Unidade Real de Valor (URV).
1994 - Real
Após uma inflação de 3.700% em 11 meses de existência do cruzeiro real, entrou em vigor a Unidade Real de Valor (URV). Em julho, a URV, que equivalia a 2.750 cruzeiros reais, passou a valer 1 real.
Alguém que tenha mais de 40 anos deve se lembrar, mesmo que vagamente, desse imbróglio todo por que passamos durante 24 anos de um verdadeiro caos econômico. Às vezes me pergunto, como conseguimos sobreviver a tudo isso, desde ser fiscal do Sarney, até o “furacão Zélia”, passando pelas compras em supermercado de máquina de calcular em punho. Os governantes brasileiros deveriam sempre (todos eles e em qualquer período da história) agradecer a Deus todos os dias a população pacífica e acomodada que vive nesta terra, pois se isso fosse em outro país, teríamos ministros enforcados ou guilhotinados em praça pública.
Curiosidades:
- 1 Real equivaleria a 2.750.000.000.000.000.000.000 Réis do início da República.
- 1 Real equivaleria a 2.750.000.000.000.000 Cruzeiros do período de 1942 (final do governo de Getulio Vargas até 1967 (Governo Militar).
- 1 Real equivaleria a 2.750.000.000 Cruzados (período da redemocratização, Governo Sarney – 1986 a 1989).
Obviamente, não basta converter quantias expressas em antigas unidades monetárias para a moeda vigente. Tal quantia deve ser corrigida por um índice de preços apropriado para que a paridade do poder de compra da moeda seja mantida.
Fontes: História do Dinheiro no Brasil no Blog Histórias.
Museu de Valores do Banco Central do Brasil
1500 - Tostão
Ao chegar ao Brasil, os portugueses encontraram cerca de 3 milhões de índios vivendo em economia de subsistência. Já os colonizadores usavam moedas de cobre e ouro, que tinham diversos nomes de acordo com a origem: tostão, português, cruzado, vintém e são-vicente.
Moeda de 100 réis, um Tostão |
Século XVI - Jimbo e réis
A pequena concha era usada como moeda no Congo e em Angola. Chegando ao Brasil, os escravos a encontram no litoral da Bahia e mantiveram a tradição. Desde o descobrimento, porém, a moeda mais usada foi o real português, mais conhecido no seu plural “réis”, que valeu até 1942.
O Zimbo ou Cauri era usado como “dinheiro da terra” entre algumas povoações da costa de Angola e do Brasil. |
1614 - Açúcar
Por ordem do governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, o açúcar foi aceito como moeda oficial no Brasil. De acordo com a lei, comerciantes foram obrigados a aceitar o produto para pagar compras.
1695 - Cara e coroa
A Casa da Moeda do Brasil, inaugurada na Bahia em 1694, cunhou suas primeiras moedas de ouro. Em 1727, surgiram as primeiras moedas brasileiras com a figura do governante de um lado e as armas do reino do outro, conforme a tradição européia. Os termos “cara” e “coroa” vêm daí.
1942 - Cruzeiro
O antigo Real (Réis) circulou no Brasil até aquele ano, quando, através do Decreto-Lei nº 4.791, de 05/10/42 foi implantado o Cruzeiro (Cr$) com a paridade de 1.000 réis = 1,00 cruzeiro.
Na primeira troca de moeda do Brasil, os réis foram substituídos pelo cruzeiro durante o governo de Getúlio Vargas. Mil réis passaram a valer 1 cruzeiro; foi o primeiro corte de três zeros da história monetária do país. Foi também nesta época que surgiu o centavo.
Um exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinqüenta mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros e quarenta centavos).
CRUZEIRO - Cr$ 2,00 - Duque de Caxias - anverso |
CRUZEIRO - Cr$ 2,00 - Duque de Caxias - reverso |
1967 - Cruzeiro novo
O cruzeiro novo foi criado para substituir o cruzeiro, que levou outro corte de três zeros. Mais uma vez, isso ocorreu por causa da desvalorização da moeda. Para adaptar as antigas cédulas que estavam em circulação, o governo mandou carimbá-las.
1970 - Cruzeiro
A moeda trocou de nome e voltou a se chamar cruzeiro. Dessa vez, porém, só mudou o nome, não o valor. Ou seja, 1 cruzeiro novo valia 1 cruzeiro.
1986 - Cruzado
Por causa da inflação, que alcançou 200% ao ano, o governo de José Sarney lançou o cruzado. Mil cruzeiros passaram a valer 1 cruzado em fevereiro daquele ano. No fim do ano, os preços foram congelados, assim como os salários dos brasileiros.
CRUZADO - Cz$ 1.000,00 - Machado de Assis - anverso |
CRUZADO - Cz$ 1.000,00 - Machado de Assis - reverso |
1989 - Cruzado novo
Por causa de inflação de 1.000% ao ano, ocorreu uma nova troca de moeda. O cruzado perdeu três zeros e virou cruzado novo. A mudança foi decorrência de um plano econômico chamado Plano Verão, elaborado pelo então Ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.
1990 - Cruzeiro
O cruzado novo voltou a se chamar cruzeiro durante o governo de Fernando Collor de Mello. O mesmo plano econômico, desenvolvido pela equipe da famigerada ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, decretou o bloqueio das cadernetas de poupança e das contas correntes de todos os cidadãos brasileiros por 18 meses.
1993 - Cruzeiro real
No governo de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, o cruzeiro sofreu outro corte de três zeros e virou cruzeiro real. No fim do ano, o ministro criou um indexador único, a Unidade Real de Valor (URV).
1994 - Real
Após uma inflação de 3.700% em 11 meses de existência do cruzeiro real, entrou em vigor a Unidade Real de Valor (URV). Em julho, a URV, que equivalia a 2.750 cruzeiros reais, passou a valer 1 real.
Alguém que tenha mais de 40 anos deve se lembrar, mesmo que vagamente, desse imbróglio todo por que passamos durante 24 anos de um verdadeiro caos econômico. Às vezes me pergunto, como conseguimos sobreviver a tudo isso, desde ser fiscal do Sarney, até o “furacão Zélia”, passando pelas compras em supermercado de máquina de calcular em punho. Os governantes brasileiros deveriam sempre (todos eles e em qualquer período da história) agradecer a Deus todos os dias a população pacífica e acomodada que vive nesta terra, pois se isso fosse em outro país, teríamos ministros enforcados ou guilhotinados em praça pública.
Curiosidades:
- 1 Real equivaleria a 2.750.000.000.000.000.000.000 Réis do início da República.
- 1 Real equivaleria a 2.750.000.000.000.000 Cruzeiros do período de 1942 (final do governo de Getulio Vargas até 1967 (Governo Militar).
- 1 Real equivaleria a 2.750.000.000 Cruzados (período da redemocratização, Governo Sarney – 1986 a 1989).
Obviamente, não basta converter quantias expressas em antigas unidades monetárias para a moeda vigente. Tal quantia deve ser corrigida por um índice de preços apropriado para que a paridade do poder de compra da moeda seja mantida.
Fontes: História do Dinheiro no Brasil no Blog Histórias.
Museu de Valores do Banco Central do Brasil
domingo, 12 de junho de 2011
Dia dos Namorados
Hoje é Dia dos Namorados. Mais uma daquelas datas comerciais que, às vezes, pode até causar uma briga entre o casal por conta de presentes. Vá entender!
Mas... E quem não tem um namorado ou uma namorada? Relax, caros(as) leitores(as). Atualmente, apesar de reconhecer a dificuldade em encontrar um namorado, minha sugestão é para não comprarem presentes... Nem problemas! Se você está sem namorado, atualmente deve agradecer a Deus. Ahh... Se vocês soubessem quantas coisas maravilhosas se pode fazer quando não se está com um namorado!
Senão, vejamos. Você pode sair para uma compra necessária levando umas amigas e, em seguida, sentar-se num café e ficar horas fazendo uma das coisas que as mulheres mais gostam de fazer, colocar os assuntos em dia. E se deixar, temos assunto para cada um dos 365 dias do ano. Você pode passar uma tarde inteirinha no salão de beleza fazendo tudo que você tem direito, unhas, depilação, tratamentos nos cabelos etc e sem precisar atender o celular de 10 em 10 minutos para dizer que "não vai demorar nada". Você pode passear com seu cachorro e conversar sem estresses com as pessoas que se aproximam para elogiar seu "bebezinho" ou "bebezão". Você pode sair para assistir à estreia de um ballet maravilhoso no Teatro Municipal e depois sair para jantar num restaurante que vocês gostem (sempre é um melhorzinho) porque você vai dividir a conta com suas amigas, naturalmente, sem frustrações de ter de dividir toda e qualquer conta com seu namorado. À noite, você pode grudar no celular e conversar por horas com os amigos que você quiser, tudo com zero de estresse. Você pode ser promovida no trabalho e ganhar mais do que ele estaria ganhando (se você tivesse um namorado, é claro). Você pode ter qualquer problema no carro. Ihh, meninas... Nem me venham com essa de levar o carro em oficina de quintal, né?! Você só leva seu carro na concessionária e o Consultor Técnico resolve tudo e só lhe diz o preço. Você puxa aquela carteira recheada de cartões e paga, com toda tranquilidade, depois de tomar um café expresso batendo um papo com algum(a) vendedor(a). Você não precisa passar os domingos ouvindo aqueles gritos de Goooooolllll... Nem precisa preparar-se psicologicamente para as mesas redondas à noite. Aquelas nas quais eles fazem um monte de "fofoca" sobre a vida dos jogadores de futebol. É... Mas eles "podem", aquilo é comentário esportivo. Fofoca quem faz somos nós ao assistir a algum programa feminino na TV. E, cá entre nós, quantas vezes você não daria preferência por tomar um vinhozinho depois do trabalho com um colega, do gênero masculino, para trocarem figurinhas e dicas sobre o trabalho, e ainda angariar uma ou outra informaçãozinha valiosa?
Bem, fiz um resuminho básico, super rapidamente, das vantagens de você ser uma mulher sem namorado num dia "que fizeram obrigatório" só para que as mulheres ponham uma culpa a mais para carregar nas costas.
Meninas, há tantos outros itens com vantagens de estar sem namorado hoje... Mas não vamos desdenhar essa espécie que passa toda a juventude tentando encontrar a mulher que substituirá sua mãe num futuro próximo. Talvez alguns deles até tenham alguns predicados. Não estou muito certa, mas nunca se sabe.
Lembrem-se que já estamos na segunda década do século XXI. Para beijar na boca e "namorar" você não precisa ter um namorado. Na realidade, na nossa espécie, não há monogamia na prática, só na teoria. E se você encontrar um espécime macho monogâmico, é porque ele ainda não chegou ao ponto de ebulição com a namorada, noiva, esposa ou o que seja, que foi eleita para o lugar de rainha do lar, antes ocupado pela mãe dele. É questão de tempo, se o macho quer sentir um pouco de alegria num bate papo no mesmo nível do seu. Mas há aqueles que sofrem da síndrome do pânico. Por pior que esteja o relacionamento atual, ele se mantém fiel até o fim, acredito que por medo de talvez chegar até a ser feliz. Esse, só Freud explica. Arrasta um relacionamento totalmente acabado, morto, por medo de enfrentar a mulher chorando atrás dele, como se fosse a última das criaturas. Ela não vai se conformar em ficar sem o título de namorada, noiva ou esposa. Nesses casos, você imagina que você estará amatronada aos 40 anos, depois do 2º filho, sem carreira, sem objetivo de vida, nada. Mas certamente com uma depressão em alto grau.
Conclusão, se você está com os quatro pneus arriados por algum bonitão, que logo ficará careca, barrigudo e aposentado (ai meus sais!), esteja certa de que você não está perdendo nada de bom. Ao contrário, leitora, você está tirando a sorte grande. É sua chance de ouro de não se casar, ter filhos e se transformar na rainha do lar (sinônimo corretamente político para empregada doméstica), totalmente baranga e que ainda vai querer aprender a fazer artesanato. Eca! Fiquem frias, porque o único pelo qual valia a pena fazer o supremo sacrifício de perder minha liberdade, a Kate já pegou.
Portanto, se eu fosse vocês, juntaria um grupo de amigas e sairia para celebrar a liberdade feminina numa champagnerie. Afinal, foram eles, os homens, que inventaram que as mulheres tinham de ser submissas e não podiam chegar aos 30 anos sem se casar e ter um bando de filhos. Então, no dia de hoje abra os braços, bem abertos, e abrace a sua liberdade... De ser você mesma (sem um amo e senhor).
Meu presentinho é para as leitoras mais românticas, um clip do português Carlos Paredes, já falecido, tocando um fado melodioso que eu, apesar de não gostar deste gênero de canção, gostei muito ao ouvir. Enquanto ouvem, aceitem as rosas vermelhas que o próprio Paredes está a oferecer a cada uma de vocês por entre as ondas dos mares lusitanos.
Fiquem com Carlos Paredes e seu belíssimo fado 'Verdes Anos', enquanto eu vou celebrar a paz de não ter um namorado, não formalmente. Um super Feliz Dia dos Namorados para quem ainda curte essas datas. Procurem sempre a felicidade antes de qualquer outra coisa, depois vem o namorado, OK?!
Esse post é dedicado a uma mulher na flor da idade, bonita, inteligente, doce, serena, educadíssima e um ser humano especialíssimo. Lila, essas rosas são especialmente para você. Viva e seja feliz, acima de qualquer convenção cultural ou social imposta às pessoas.
Mas... E quem não tem um namorado ou uma namorada? Relax, caros(as) leitores(as). Atualmente, apesar de reconhecer a dificuldade em encontrar um namorado, minha sugestão é para não comprarem presentes... Nem problemas! Se você está sem namorado, atualmente deve agradecer a Deus. Ahh... Se vocês soubessem quantas coisas maravilhosas se pode fazer quando não se está com um namorado!
Senão, vejamos. Você pode sair para uma compra necessária levando umas amigas e, em seguida, sentar-se num café e ficar horas fazendo uma das coisas que as mulheres mais gostam de fazer, colocar os assuntos em dia. E se deixar, temos assunto para cada um dos 365 dias do ano. Você pode passar uma tarde inteirinha no salão de beleza fazendo tudo que você tem direito, unhas, depilação, tratamentos nos cabelos etc e sem precisar atender o celular de 10 em 10 minutos para dizer que "não vai demorar nada". Você pode passear com seu cachorro e conversar sem estresses com as pessoas que se aproximam para elogiar seu "bebezinho" ou "bebezão". Você pode sair para assistir à estreia de um ballet maravilhoso no Teatro Municipal e depois sair para jantar num restaurante que vocês gostem (sempre é um melhorzinho) porque você vai dividir a conta com suas amigas, naturalmente, sem frustrações de ter de dividir toda e qualquer conta com seu namorado. À noite, você pode grudar no celular e conversar por horas com os amigos que você quiser, tudo com zero de estresse. Você pode ser promovida no trabalho e ganhar mais do que ele estaria ganhando (se você tivesse um namorado, é claro). Você pode ter qualquer problema no carro. Ihh, meninas... Nem me venham com essa de levar o carro em oficina de quintal, né?! Você só leva seu carro na concessionária e o Consultor Técnico resolve tudo e só lhe diz o preço. Você puxa aquela carteira recheada de cartões e paga, com toda tranquilidade, depois de tomar um café expresso batendo um papo com algum(a) vendedor(a). Você não precisa passar os domingos ouvindo aqueles gritos de Goooooolllll... Nem precisa preparar-se psicologicamente para as mesas redondas à noite. Aquelas nas quais eles fazem um monte de "fofoca" sobre a vida dos jogadores de futebol. É... Mas eles "podem", aquilo é comentário esportivo. Fofoca quem faz somos nós ao assistir a algum programa feminino na TV. E, cá entre nós, quantas vezes você não daria preferência por tomar um vinhozinho depois do trabalho com um colega, do gênero masculino, para trocarem figurinhas e dicas sobre o trabalho, e ainda angariar uma ou outra informaçãozinha valiosa?
Bem, fiz um resuminho básico, super rapidamente, das vantagens de você ser uma mulher sem namorado num dia "que fizeram obrigatório" só para que as mulheres ponham uma culpa a mais para carregar nas costas.
Meninas, há tantos outros itens com vantagens de estar sem namorado hoje... Mas não vamos desdenhar essa espécie que passa toda a juventude tentando encontrar a mulher que substituirá sua mãe num futuro próximo. Talvez alguns deles até tenham alguns predicados. Não estou muito certa, mas nunca se sabe.
Lembrem-se que já estamos na segunda década do século XXI. Para beijar na boca e "namorar" você não precisa ter um namorado. Na realidade, na nossa espécie, não há monogamia na prática, só na teoria. E se você encontrar um espécime macho monogâmico, é porque ele ainda não chegou ao ponto de ebulição com a namorada, noiva, esposa ou o que seja, que foi eleita para o lugar de rainha do lar, antes ocupado pela mãe dele. É questão de tempo, se o macho quer sentir um pouco de alegria num bate papo no mesmo nível do seu. Mas há aqueles que sofrem da síndrome do pânico. Por pior que esteja o relacionamento atual, ele se mantém fiel até o fim, acredito que por medo de talvez chegar até a ser feliz. Esse, só Freud explica. Arrasta um relacionamento totalmente acabado, morto, por medo de enfrentar a mulher chorando atrás dele, como se fosse a última das criaturas. Ela não vai se conformar em ficar sem o título de namorada, noiva ou esposa. Nesses casos, você imagina que você estará amatronada aos 40 anos, depois do 2º filho, sem carreira, sem objetivo de vida, nada. Mas certamente com uma depressão em alto grau.
Conclusão, se você está com os quatro pneus arriados por algum bonitão, que logo ficará careca, barrigudo e aposentado (ai meus sais!), esteja certa de que você não está perdendo nada de bom. Ao contrário, leitora, você está tirando a sorte grande. É sua chance de ouro de não se casar, ter filhos e se transformar na rainha do lar (sinônimo corretamente político para empregada doméstica), totalmente baranga e que ainda vai querer aprender a fazer artesanato. Eca! Fiquem frias, porque o único pelo qual valia a pena fazer o supremo sacrifício de perder minha liberdade, a Kate já pegou.
Portanto, se eu fosse vocês, juntaria um grupo de amigas e sairia para celebrar a liberdade feminina numa champagnerie. Afinal, foram eles, os homens, que inventaram que as mulheres tinham de ser submissas e não podiam chegar aos 30 anos sem se casar e ter um bando de filhos. Então, no dia de hoje abra os braços, bem abertos, e abrace a sua liberdade... De ser você mesma (sem um amo e senhor).
Meu presentinho é para as leitoras mais românticas, um clip do português Carlos Paredes, já falecido, tocando um fado melodioso que eu, apesar de não gostar deste gênero de canção, gostei muito ao ouvir. Enquanto ouvem, aceitem as rosas vermelhas que o próprio Paredes está a oferecer a cada uma de vocês por entre as ondas dos mares lusitanos.
Fiquem com Carlos Paredes e seu belíssimo fado 'Verdes Anos', enquanto eu vou celebrar a paz de não ter um namorado, não formalmente. Um super Feliz Dia dos Namorados para quem ainda curte essas datas. Procurem sempre a felicidade antes de qualquer outra coisa, depois vem o namorado, OK?!
Esse post é dedicado a uma mulher na flor da idade, bonita, inteligente, doce, serena, educadíssima e um ser humano especialíssimo. Lila, essas rosas são especialmente para você. Viva e seja feliz, acima de qualquer convenção cultural ou social imposta às pessoas.
Nazareno Vieira de Souza, você conhece?
Reformatando algumas partes do meu blog este fim de semana, descobri, totalmente por acaso, um erro que eu, apesar de todo o cuidado em conferir os dados que publico nos meus textos, jamais poderia imaginar. Quando comecei o blog De Tudo Um Pouco, há pouco mais de um ano, procurei uma frase ou o trecho de algo com o qual eu me identificasse de imediato. Algo que me “denunciasse” imediatamente, como uma foto. Havia uma frase de Charles Chaplin que caiu como uma luva para o que eu procurava.
Durante este quase ano e meio, a frase esteve escrita no blog, na internet, território pertencente a todo o planeta, e ninguém, absolutamente ninguém, sequer cogitou a autoria da bela frase. Muitos me disseram que gostaram muito e haviam copiado aquelas palavras, o que me trazia certa vaidade por tê-las escolhido, pois eu me encontrava nelas. Qual não foi minha surpresa ao ler, também na internet, uma reportagem no Jornal Diário da Amazônia, um periódico do estado de Rondônia, fazendo justiça ao verdadeiro autor daquela frase linda. Hoje, eu tenho o prazer de corrigir o nome do seu autor. Leiam a incrível história de como um pequenino trecho de uma poesia belíssima de um brasileiro, de Porto Velho, em Rondônia, foi atribuída a ninguém menos que o gênio do cinema, Sir Charles Spencer Chaplin Junior.
Matéria do Jornal da Amazônia em texto de Guarim Liberato Jr.
“A poesia do portovelhense Augusto Branco começou nas infovias da internet e já está na Europa. O escritor e poeta rondoniense, Augusto Branco, tem apenas um livro publicado, mas muitos de seus textos são conhecidos por pessoas do mundo inteiro. Usar a internet como meio de divulgação de seu trabalho foi a melhor alternativa que ele encontrou para vencer as dificuldades de quem vive distante dos grandes centros culturais, das grandes editoras e, mesmo assim, quer se conectar com este mundo globalizado. E foi por meio da internet que os textos de Augusto Branco se tornaram populares nas redes sociais e consquistaram a simpatia de muita gente que também curte Paulo Coelho, Pablo Neruda ou Luiz Vaz de Camões. Isso mesmo, pois foi da terra de Camões, a nossa pátria mãe Portugal que veio o convite para o primeiro contrato com uma editora. ‘Um editor da Booksmile, de Portugal, conheceu os meus textos pela internet e estamos negociando uma boa parceria’, comemora Branco.
O Poema Vida, um de seus textos mais lidos na internet, cuja autoria já foi atribuída até a Charles Chaplin, deverá finalmente ser publicado em livro. O que também chamou a atenção da editora portuguesa Booksmile foi a produção em escala industrial de Augusto Branco. O rondoniense conta que escreve quase todo dia um poema, um aforismo, um texto de auto-ajuda ou qualquer bobagem. ‘Já tenho uma boa produção literária, mas fora o que circula pela internet, a maior parte é praticamente desconhecida’, comenta.
Um de seus textos mais famosos, o Poema Vida, já foi lido em rede nacional na Rede Globo pelo ator Rodrigo Lombardi, no último Domingão do Faustão de 2009. Este mesmo poema possui mais de 200 comunidades na rede social Orkut, estampa diversos perfis nas mais diversas redes sociais e circula como praga viral nos e-mails de auto-ajuda. Para explicar o sucesso, Branco apenas indaga: ‘Quem nunca errou na vida?’
Augusto Branco é o pseudonimo de Nazareno Vieira de Souza, nascido em Porto Velho há 30 anos. Ele conta que o pseudônimo veio do tempo de escola, quando a professora sempre o confundia com um amigo de classe que se chamava Augusto. Então, certo dia a professora de Português pediu para que todos escrevessem um texto literário e assinassem com um pseudônimo. Ele não teve dúvidas, assinou Augusto Branco. ‘Eu só lembrei dos palhaços de Shakespeare, o Augusto e o Branco, que representam opostos da natureza humana, e assinei assim um de meus primeiros poemas’, recorda.
E não é que essa personalidade contraditória acompanha o escritor em seus textos? Mesmo os que podem ser classificados como de auto-ajuda não escondem a contradição do que representa o sucesso, o bem-estar, a felicidade. E, apesar da complexidade da vida, é das coisas simples que Augustro Branco retira inspiração, e, com a nobreza de palhaço é capaz de ‘humilhar-se para ver brotar no rosto o sorriso se alguém’”.
A citação que vocês veem na descrição deste blog, finaliza o Poema Vida, que é equivocadamente atribuída a Charles Chaplin, mas sua autoria é do poeta Augusto Branco, conforme registro na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com os seguintes dados:
Poema: Vida
Autor: Augusto Branco (pseudônimo)
Número de Registro: 449.877
Livro: 845
Folha: 37
Vida
Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.
Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante.
Augusto Branco
Várias vezes vi e/ou ouvi Arnaldo Jabor, por exemplo, declarar decisivamente, que determinados textos não eram de sua autoria, apesar da insistência de vários internautas. Não podemos dar crédito, portanto, sem antes dar uma boa conferida, em tudo que encontramos publicado na internet. Ainda há muitos erros toscos passeando pela grande rede mundial.
Durante este quase ano e meio, a frase esteve escrita no blog, na internet, território pertencente a todo o planeta, e ninguém, absolutamente ninguém, sequer cogitou a autoria da bela frase. Muitos me disseram que gostaram muito e haviam copiado aquelas palavras, o que me trazia certa vaidade por tê-las escolhido, pois eu me encontrava nelas. Qual não foi minha surpresa ao ler, também na internet, uma reportagem no Jornal Diário da Amazônia, um periódico do estado de Rondônia, fazendo justiça ao verdadeiro autor daquela frase linda. Hoje, eu tenho o prazer de corrigir o nome do seu autor. Leiam a incrível história de como um pequenino trecho de uma poesia belíssima de um brasileiro, de Porto Velho, em Rondônia, foi atribuída a ninguém menos que o gênio do cinema, Sir Charles Spencer Chaplin Junior.
Matéria do Jornal da Amazônia em texto de Guarim Liberato Jr.
“A poesia do portovelhense Augusto Branco começou nas infovias da internet e já está na Europa. O escritor e poeta rondoniense, Augusto Branco, tem apenas um livro publicado, mas muitos de seus textos são conhecidos por pessoas do mundo inteiro. Usar a internet como meio de divulgação de seu trabalho foi a melhor alternativa que ele encontrou para vencer as dificuldades de quem vive distante dos grandes centros culturais, das grandes editoras e, mesmo assim, quer se conectar com este mundo globalizado. E foi por meio da internet que os textos de Augusto Branco se tornaram populares nas redes sociais e consquistaram a simpatia de muita gente que também curte Paulo Coelho, Pablo Neruda ou Luiz Vaz de Camões. Isso mesmo, pois foi da terra de Camões, a nossa pátria mãe Portugal que veio o convite para o primeiro contrato com uma editora. ‘Um editor da Booksmile, de Portugal, conheceu os meus textos pela internet e estamos negociando uma boa parceria’, comemora Branco.
O 1º livro de Augusto Branco, um poeta rondoniense |
O Poema Vida, um de seus textos mais lidos na internet, cuja autoria já foi atribuída até a Charles Chaplin, deverá finalmente ser publicado em livro. O que também chamou a atenção da editora portuguesa Booksmile foi a produção em escala industrial de Augusto Branco. O rondoniense conta que escreve quase todo dia um poema, um aforismo, um texto de auto-ajuda ou qualquer bobagem. ‘Já tenho uma boa produção literária, mas fora o que circula pela internet, a maior parte é praticamente desconhecida’, comenta.
Um de seus textos mais famosos, o Poema Vida, já foi lido em rede nacional na Rede Globo pelo ator Rodrigo Lombardi, no último Domingão do Faustão de 2009. Este mesmo poema possui mais de 200 comunidades na rede social Orkut, estampa diversos perfis nas mais diversas redes sociais e circula como praga viral nos e-mails de auto-ajuda. Para explicar o sucesso, Branco apenas indaga: ‘Quem nunca errou na vida?’
Augusto Branco é o pseudonimo de Nazareno Vieira de Souza, nascido em Porto Velho há 30 anos. Ele conta que o pseudônimo veio do tempo de escola, quando a professora sempre o confundia com um amigo de classe que se chamava Augusto. Então, certo dia a professora de Português pediu para que todos escrevessem um texto literário e assinassem com um pseudônimo. Ele não teve dúvidas, assinou Augusto Branco. ‘Eu só lembrei dos palhaços de Shakespeare, o Augusto e o Branco, que representam opostos da natureza humana, e assinei assim um de meus primeiros poemas’, recorda.
E não é que essa personalidade contraditória acompanha o escritor em seus textos? Mesmo os que podem ser classificados como de auto-ajuda não escondem a contradição do que representa o sucesso, o bem-estar, a felicidade. E, apesar da complexidade da vida, é das coisas simples que Augustro Branco retira inspiração, e, com a nobreza de palhaço é capaz de ‘humilhar-se para ver brotar no rosto o sorriso se alguém’”.
A citação que vocês veem na descrição deste blog, finaliza o Poema Vida, que é equivocadamente atribuída a Charles Chaplin, mas sua autoria é do poeta Augusto Branco, conforme registro na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com os seguintes dados:
Poema: Vida
Autor: Augusto Branco (pseudônimo)
Número de Registro: 449.877
Livro: 845
Folha: 37
Vida
Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.
Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante.
Augusto Branco
Várias vezes vi e/ou ouvi Arnaldo Jabor, por exemplo, declarar decisivamente, que determinados textos não eram de sua autoria, apesar da insistência de vários internautas. Não podemos dar crédito, portanto, sem antes dar uma boa conferida, em tudo que encontramos publicado na internet. Ainda há muitos erros toscos passeando pela grande rede mundial.
sábado, 11 de junho de 2011
Piada bobinha pro sábado...
Os franceses e sua famosa criação. . . A etiqueta à mesa !
O celular, eu ponho à direita ou à esquerda do prato?
domingo, 5 de junho de 2011
Um Poema Musical para Domingo
Bedřich Smetana, nasceu em Leitomischl, na Boêmia Oriental, 2 de março de 1824. A Boêmia Oriental é uma região histórica da Europa Central, hoje faz parte da atual República Checa.
Este primoroso compositor checo faleceu em Praga em 12 de maio de 1884. Devido à sífilis, começou a ficar surdo em março de 1874, aos 50 anos, quando da estreia da sua ópera “As Duas Viúvas”. Alguns meses depois, a 20 de outubro de 1874, foi vencido pela surdez total. Viveu mais dez anos na completa surdez, mas ainda produzindo muito, compôs músicas maravilhosas, tal como o poema sinfônico “Má Vlast” (Minha Pátria), com a parte musical mundialmente conhecida “Vltava” (O Moldava), em sol maior, de 1874, evocando o rio Moldava ou Vltava, afluente do rio Elba. Smetana é, juntamente com Ludwig van Beethoven e Fauré, um dos compositores que escreveram música em total surdez.
A Orquestra Sinfônica de Montreal interpreta Vltava, conduzida por Alexis Hauser. Sintam a beleza dessa melodia.
Este primoroso compositor checo faleceu em Praga em 12 de maio de 1884. Devido à sífilis, começou a ficar surdo em março de 1874, aos 50 anos, quando da estreia da sua ópera “As Duas Viúvas”. Alguns meses depois, a 20 de outubro de 1874, foi vencido pela surdez total. Viveu mais dez anos na completa surdez, mas ainda produzindo muito, compôs músicas maravilhosas, tal como o poema sinfônico “Má Vlast” (Minha Pátria), com a parte musical mundialmente conhecida “Vltava” (O Moldava), em sol maior, de 1874, evocando o rio Moldava ou Vltava, afluente do rio Elba. Smetana é, juntamente com Ludwig van Beethoven e Fauré, um dos compositores que escreveram música em total surdez.
A Orquestra Sinfônica de Montreal interpreta Vltava, conduzida por Alexis Hauser. Sintam a beleza dessa melodia.
sábado, 4 de junho de 2011
O Rio de Janeiro continua lindo... Aquele Abraço!
Caros leitores, não sei se é só comigo, mas há uns três anos tomei um horror da cidade do Rio de Janeiro que já me policio para não falar tão mal da ex-cidade maravilhosa. Contem-me, por favor, urgentemente, onde está esta tal “cidade maravilhosa” que vocês ainda estão vendo, porque eu, definitivamente, não a encontro mais em lugar algum. De norte a sul, de leste a oeste, só vejo desrespeito, desmando, insensatez, corrupção, e uma das maiores causas disso tudo, a total inversão de valores pela qual, não só o Brasil, mas o mundo está passando. Nesse quesito não somos privilegiados.
O que me dói é que eu mesma, em plenos anos 70 (antes do início das obras do metrô) flanava tranquilamente pelas calçadas da Tijuca, um bairro delicioso, que tinha de tudo e não fica na zona sul da cidade. Andava pelas ruas Santo Afonso e Antonio Basílio, cheias de vitrines de rua (isso foi antes de o Shopping Rio Sul aparecer em 1981), e subia a rua José Higino até chegar na Aliança Francesa na rua Andrade Neves. Fazia isso três vezes por semana. E era agradável ver as calçadas limpas. Obviamente não era o paraíso, mas nem de longe era o que é hoje. Eu via as pessoas bonitas caminhando, algumas mais jovens, apressadas indo para a escola, cursos; outras, um pouco mais velhas, fazendo compras, numa época em que ainda tínhamos a Casa Sloper na Praça Sáenz Peña, os cinemas de rua em seus prédios art-déco, o Carioca, o América, o Metro. A Tijuca nos anos 70 era uma "Ipanema" na zona norte. E não ficava nada a dever, viu?! Em 76, foram iniciadas as obras do Metrô na Praça desfigurando-a completamente. Após as obras, a Praça até foi restaurada, mas já não era mais a mesma praça, faltava toda a atmosfera de antes. Assim como a Tijuca, a minha Ilha do Governador, bairros considerados verdadeiros “oásis” na zona norte, foram “esgotados, consumidos”. Os moradores, assustados, mudaram-se quase todos para a Barra da Tijuca pensando que viveriam no paraíso. Vã ilusão. Hoje, até a Barra e o Recreio já estão se degradando.
Em pleno século XXI, tenho de escrever assim para me conscientizar de que os anos 19XX já passaram e eles pertencem a um outro século. Há dez anos neste tão aclamado século XXI, há horas, dias, semanas até, durante os quais não quero saber o que foi ou será noticiado pela imprensa brasileira, que cai no nosso mesmo problema crônico, manipulação da população, o que não deixa de ser um enorme derespeito, e por aí vai. São tantas coisas acontecendo simultaneamente na cidade e no país, que a minha mente não consegue digerir. Chega. Às vezes, dou um basta e não ligo a TV, não leio os jornais, nada. E para quê? As notícias são as mesmas. Podem até ter outro nome, mas são, na sua essência, exatamente a mesma coisa daquilo que sempre foi, e não é de hoje; esse problema é historicamente crônico.
Não agüento esse “mais do mesmo” em tom de sensacionalismo barato. A cada semana a imprensa nos lava os cérebros em espasmos. Uma semana é dedicada à matança da escola em Realengo. O que aconteceu às primeiras horas da manhã, à tarde já está com “especialistas” nos estúdios de TV para “explicar” o que aconteceu. Como meros cidadãos, eles também são pegos de surpresa. Mesmo assim, há uma necessidade ansiosamente importante de se arrancar do âmago do assunto uma “explicação”.
Aqui faço um parêntese. É exatamente nessa hora do súbito, do inesperado, que a imprensa chancela profissionais de várias áreas como “especialistas”. E dali para esses “especialistas” serem convidados para fazer palestras em universidades e todo tipo de eventos é apenas um pulo. Isso é uma “indústria” que me assombra. Como existe gente que vive disso!
Voltando ao rodízio semanal de notícias espetaculosas, quando você pensa que o poder público está trabalhando para prevenir outros eventos daquele tipo e que a vida voltou ao normal, começa uma nova semana. Mas é claro, nós não vivemos uma semana após a outra? Pois a imprensa também.
O show não pode parar. Temos a “novela” Palocci, a qual recuso-me a assistir. Enquanto a imprensa debate se o Palocci deve ou não se explicar, a população está fazendo seu dever de casa direitinho, conforme o “professor” mandou. “Isso é só uma marolinha. Se o povo parar de consumir, as empresas não terão o que fabricar, já que não haverá ninguém para comprar e, então, haverá desemprego.” Certamente, caro metafórico “professor”. Todos às compras! Principalmente a classe emergente. Só que esse assunto foi mostrado pela imprensa há algumas aulas. Não podemos perder tempo com aulas de recuperação. Todo o conteúdo programático deverá ser exposto durante os quatro anos letivos da “professora” interina.
Então, segue a pauta. O real está anabolizadíssimo, mas como explicitar esse item para os alunos? Por enquanto, não se explicita nada. Pára tudo porque há que se revisar os livros que o Ministério da Educação comprou. Ahhh... Sim, estamos na nova semana. O assunto agora é o livro "Por uma vida melhor" de uma das controversas autoras, a “professora” Heloisa Ramos. “Mas eu posso falar ‘os livro?'. Claro que pode", diz um trecho do livro, que, no entanto, alerta que, caso os alunos deixem de lado a norma culta, podem sofrer ‘preconceito linguístico’". Como o país quase não tem problemas sérios para resolver, damo-nos ao luxo de ocupar o tempo da Defensoria Pública da União no Distrito Federal para tratar de mais essa pérola. É... Depois que nos tornamos país emergente, ficou tudo tão chique, não?! Mas se vocês pensam que não houve a fase dos “especialistas” nas TVs, rádios e internet, enganaram-se. Eles estavam lá, sim. Afinal de contas, país emergente que preze tem seus processos funcionando perfeitamente bem.
Vamos dar só uma olhadinha muito rápida no dever de casa da população. Ahh... Gente, sem problemas. Estão mais obedientes do que nunca. O consumo está indo de vento em popa. Prova disso, é que os brasileiros estão até viajando para o exterior em números consideráveis, mesmo com os 6.5% de IOF no cartão de crédito. Já dei até uma conferida básica no bíceps do Real e ele está mais anabolizado do que nunca. Está tudo como Deus quer e o diabo gosta.
Já podemos começar outra semana, não é mesmo? Lógico! ”Milhares de manifestantes invadiram o quartel no Rio de Janeiro e 439 foram detidos”. Só que dessa vez os manifestantes são os integrantes da mais nobre e honrada corporação brasileira, no auge dos seus 155 anos de existência. Corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos. O Corpo de Bombeiros é Força Auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Quando alguém está se afogando no mar, são eles que fazem qualquer coisa para salvar a pessoa. Quando há um incêndio ou um desabamento, eles estão lá, ativos e incansáveis, para salvar vidas. Toda e qualquer vida, sem privilégios, todas as vidas são igualmente importantes e valiosas. Vocês já ficaram presos em algum elevador antigo? Já? Qual foi a primeira “pessoa” que vocês pensaram em chamar, além de Deus? Pois é. São esses ”vândalos”, que tão dignamente zelam por nossas vidas e, quando necessário, salvam-nas laboriosamente. Ou não foi assim nas várias tragédias acontecidas no Rio de Janeiro, geralmente causadas por descaso do poder público que não cumpriu o seu dever?
Vamos nos lembras de umas poucas mas de grandes proporções? As chuvas na região serrana fluminense neste verão. O Morro do Bumba em Niterói. Agora deem um salto para o passado e cheguem até 1971, quando o elevado Paulo de Frontin desabou. Lembraram-se das cenas? Pois são estes os homens que recebem um salário aviltante e que recuso-me a citar aqui. A reivindicação dos bombeiros é por um salário de R$ 2.000,00. O governador só pode estar brincando quando diz que fará o salário dos “vândalos” chegar a R$ 2.000,00 em cinco anos. Isso porque, se vocês pararem para pensar, esse valor ainda é humilhante para os “vândalos”.
Penso também que o governador precisa de alguém para refrescar-lhe a memória, pois antes do derradeiro acontecimento, há quatro anos que estes mesmos “vândalos” vêm reivindicando natural e formalmente um salário decente. Como foi a resposta do poder público a essa situação? ”Bombeiros podem pegar 12 anos de prisão, diz coronel.” ”Governo do Rio de Janeiro troca comando dos bombeiros”. Ei, população, nada de parar de fazer o dever de casa, não! O “professor” está esperando pelo dever prontinho. Temos de nos “destrair” com as notícias, não nos preocuparmos com elas a ponto de pensar em fazer alguma coisa. Não é esse o enuciado do dever. Prestem atenção.
Outra pergunta é “aonde esteve a população do Rio de Janeiro durante esses quatro anos?” Ora, a população nem sabia que os bombeiros ganham o mesmo que os professores, não é? A população não sabe que um bombeiro sequer pode trabalhar em três quartéis para triplicar o salário. Não são apenas os professores que precisam ser respeitados. Há outros profissionais que também precisam de respeito, mas muitos segmentos da sociedade não têm representantes no congresso brasileiro.
O dia quando a população despertar desse sono letárgico de estagnação do pensar, contra essa pasmaceira que se nos apresenta, desse desinteresse, dessa indiferença, dessa apatia, certamente, não seremos a 1ª economia do mundo. E nem é necessário. Mas seremos um país no qual não teremos mais tantos estranhos no ninho, dando murro em ponta de faca. Porque é apenas e exatamente isso que quem está no poder deseja da população, desde os tempos do Império. Não importa o regime de governo, desde que a população consiga ceifar aqueles que ditam o que os governos devem ou não devem fazer para ambos lucrarem, desde os escravocratas e ruralistas até os lobistas de hoje, que são as grandes empresas privadas que vivem num eterno "parasitismo e simbiose" com os governos.
Uma dúvida. Para que servem mesmo os recursos do PAC? Ahh, sim, que cabeça a minha! São os recursos dos teleféricos, das “bolsas-tudo” e da enorme maquiagem que será feita nas favelas até 2016. E por que eu falei tudo isso? Foi porque eu assisti a um clip no Youtube que fez ferver meu sangue italiano. Vejam o exemplo máximo do que se pode chamar de “falar sem dizer nada”. Ahh, sim... E a pessoa que fala não ganha o salário de um bombeiro. Pensem nisso. Reflitam.
O que me dói é que eu mesma, em plenos anos 70 (antes do início das obras do metrô) flanava tranquilamente pelas calçadas da Tijuca, um bairro delicioso, que tinha de tudo e não fica na zona sul da cidade. Andava pelas ruas Santo Afonso e Antonio Basílio, cheias de vitrines de rua (isso foi antes de o Shopping Rio Sul aparecer em 1981), e subia a rua José Higino até chegar na Aliança Francesa na rua Andrade Neves. Fazia isso três vezes por semana. E era agradável ver as calçadas limpas. Obviamente não era o paraíso, mas nem de longe era o que é hoje. Eu via as pessoas bonitas caminhando, algumas mais jovens, apressadas indo para a escola, cursos; outras, um pouco mais velhas, fazendo compras, numa época em que ainda tínhamos a Casa Sloper na Praça Sáenz Peña, os cinemas de rua em seus prédios art-déco, o Carioca, o América, o Metro. A Tijuca nos anos 70 era uma "Ipanema" na zona norte. E não ficava nada a dever, viu?! Em 76, foram iniciadas as obras do Metrô na Praça desfigurando-a completamente. Após as obras, a Praça até foi restaurada, mas já não era mais a mesma praça, faltava toda a atmosfera de antes. Assim como a Tijuca, a minha Ilha do Governador, bairros considerados verdadeiros “oásis” na zona norte, foram “esgotados, consumidos”. Os moradores, assustados, mudaram-se quase todos para a Barra da Tijuca pensando que viveriam no paraíso. Vã ilusão. Hoje, até a Barra e o Recreio já estão se degradando.
Em pleno século XXI, tenho de escrever assim para me conscientizar de que os anos 19XX já passaram e eles pertencem a um outro século. Há dez anos neste tão aclamado século XXI, há horas, dias, semanas até, durante os quais não quero saber o que foi ou será noticiado pela imprensa brasileira, que cai no nosso mesmo problema crônico, manipulação da população, o que não deixa de ser um enorme derespeito, e por aí vai. São tantas coisas acontecendo simultaneamente na cidade e no país, que a minha mente não consegue digerir. Chega. Às vezes, dou um basta e não ligo a TV, não leio os jornais, nada. E para quê? As notícias são as mesmas. Podem até ter outro nome, mas são, na sua essência, exatamente a mesma coisa daquilo que sempre foi, e não é de hoje; esse problema é historicamente crônico.
Não agüento esse “mais do mesmo” em tom de sensacionalismo barato. A cada semana a imprensa nos lava os cérebros em espasmos. Uma semana é dedicada à matança da escola em Realengo. O que aconteceu às primeiras horas da manhã, à tarde já está com “especialistas” nos estúdios de TV para “explicar” o que aconteceu. Como meros cidadãos, eles também são pegos de surpresa. Mesmo assim, há uma necessidade ansiosamente importante de se arrancar do âmago do assunto uma “explicação”.
Aqui faço um parêntese. É exatamente nessa hora do súbito, do inesperado, que a imprensa chancela profissionais de várias áreas como “especialistas”. E dali para esses “especialistas” serem convidados para fazer palestras em universidades e todo tipo de eventos é apenas um pulo. Isso é uma “indústria” que me assombra. Como existe gente que vive disso!
Voltando ao rodízio semanal de notícias espetaculosas, quando você pensa que o poder público está trabalhando para prevenir outros eventos daquele tipo e que a vida voltou ao normal, começa uma nova semana. Mas é claro, nós não vivemos uma semana após a outra? Pois a imprensa também.
O show não pode parar. Temos a “novela” Palocci, a qual recuso-me a assistir. Enquanto a imprensa debate se o Palocci deve ou não se explicar, a população está fazendo seu dever de casa direitinho, conforme o “professor” mandou. “Isso é só uma marolinha. Se o povo parar de consumir, as empresas não terão o que fabricar, já que não haverá ninguém para comprar e, então, haverá desemprego.” Certamente, caro metafórico “professor”. Todos às compras! Principalmente a classe emergente. Só que esse assunto foi mostrado pela imprensa há algumas aulas. Não podemos perder tempo com aulas de recuperação. Todo o conteúdo programático deverá ser exposto durante os quatro anos letivos da “professora” interina.
Então, segue a pauta. O real está anabolizadíssimo, mas como explicitar esse item para os alunos? Por enquanto, não se explicita nada. Pára tudo porque há que se revisar os livros que o Ministério da Educação comprou. Ahhh... Sim, estamos na nova semana. O assunto agora é o livro "Por uma vida melhor" de uma das controversas autoras, a “professora” Heloisa Ramos. “Mas eu posso falar ‘os livro?'. Claro que pode", diz um trecho do livro, que, no entanto, alerta que, caso os alunos deixem de lado a norma culta, podem sofrer ‘preconceito linguístico’". Como o país quase não tem problemas sérios para resolver, damo-nos ao luxo de ocupar o tempo da Defensoria Pública da União no Distrito Federal para tratar de mais essa pérola. É... Depois que nos tornamos país emergente, ficou tudo tão chique, não?! Mas se vocês pensam que não houve a fase dos “especialistas” nas TVs, rádios e internet, enganaram-se. Eles estavam lá, sim. Afinal de contas, país emergente que preze tem seus processos funcionando perfeitamente bem.
Vamos dar só uma olhadinha muito rápida no dever de casa da população. Ahh... Gente, sem problemas. Estão mais obedientes do que nunca. O consumo está indo de vento em popa. Prova disso, é que os brasileiros estão até viajando para o exterior em números consideráveis, mesmo com os 6.5% de IOF no cartão de crédito. Já dei até uma conferida básica no bíceps do Real e ele está mais anabolizado do que nunca. Está tudo como Deus quer e o diabo gosta.
Já podemos começar outra semana, não é mesmo? Lógico! ”Milhares de manifestantes invadiram o quartel no Rio de Janeiro e 439 foram detidos”. Só que dessa vez os manifestantes são os integrantes da mais nobre e honrada corporação brasileira, no auge dos seus 155 anos de existência. Corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos. O Corpo de Bombeiros é Força Auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Quando alguém está se afogando no mar, são eles que fazem qualquer coisa para salvar a pessoa. Quando há um incêndio ou um desabamento, eles estão lá, ativos e incansáveis, para salvar vidas. Toda e qualquer vida, sem privilégios, todas as vidas são igualmente importantes e valiosas. Vocês já ficaram presos em algum elevador antigo? Já? Qual foi a primeira “pessoa” que vocês pensaram em chamar, além de Deus? Pois é. São esses ”vândalos”, que tão dignamente zelam por nossas vidas e, quando necessário, salvam-nas laboriosamente. Ou não foi assim nas várias tragédias acontecidas no Rio de Janeiro, geralmente causadas por descaso do poder público que não cumpriu o seu dever?
Vamos nos lembras de umas poucas mas de grandes proporções? As chuvas na região serrana fluminense neste verão. O Morro do Bumba em Niterói. Agora deem um salto para o passado e cheguem até 1971, quando o elevado Paulo de Frontin desabou. Lembraram-se das cenas? Pois são estes os homens que recebem um salário aviltante e que recuso-me a citar aqui. A reivindicação dos bombeiros é por um salário de R$ 2.000,00. O governador só pode estar brincando quando diz que fará o salário dos “vândalos” chegar a R$ 2.000,00 em cinco anos. Isso porque, se vocês pararem para pensar, esse valor ainda é humilhante para os “vândalos”.
Penso também que o governador precisa de alguém para refrescar-lhe a memória, pois antes do derradeiro acontecimento, há quatro anos que estes mesmos “vândalos” vêm reivindicando natural e formalmente um salário decente. Como foi a resposta do poder público a essa situação? ”Bombeiros podem pegar 12 anos de prisão, diz coronel.” ”Governo do Rio de Janeiro troca comando dos bombeiros”. Ei, população, nada de parar de fazer o dever de casa, não! O “professor” está esperando pelo dever prontinho. Temos de nos “destrair” com as notícias, não nos preocuparmos com elas a ponto de pensar em fazer alguma coisa. Não é esse o enuciado do dever. Prestem atenção.
Outra pergunta é “aonde esteve a população do Rio de Janeiro durante esses quatro anos?” Ora, a população nem sabia que os bombeiros ganham o mesmo que os professores, não é? A população não sabe que um bombeiro sequer pode trabalhar em três quartéis para triplicar o salário. Não são apenas os professores que precisam ser respeitados. Há outros profissionais que também precisam de respeito, mas muitos segmentos da sociedade não têm representantes no congresso brasileiro.
O dia quando a população despertar desse sono letárgico de estagnação do pensar, contra essa pasmaceira que se nos apresenta, desse desinteresse, dessa indiferença, dessa apatia, certamente, não seremos a 1ª economia do mundo. E nem é necessário. Mas seremos um país no qual não teremos mais tantos estranhos no ninho, dando murro em ponta de faca. Porque é apenas e exatamente isso que quem está no poder deseja da população, desde os tempos do Império. Não importa o regime de governo, desde que a população consiga ceifar aqueles que ditam o que os governos devem ou não devem fazer para ambos lucrarem, desde os escravocratas e ruralistas até os lobistas de hoje, que são as grandes empresas privadas que vivem num eterno "parasitismo e simbiose" com os governos.
Uma dúvida. Para que servem mesmo os recursos do PAC? Ahh, sim, que cabeça a minha! São os recursos dos teleféricos, das “bolsas-tudo” e da enorme maquiagem que será feita nas favelas até 2016. E por que eu falei tudo isso? Foi porque eu assisti a um clip no Youtube que fez ferver meu sangue italiano. Vejam o exemplo máximo do que se pode chamar de “falar sem dizer nada”. Ahh, sim... E a pessoa que fala não ganha o salário de um bombeiro. Pensem nisso. Reflitam.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Uma pausa para pensar um pouco sobre o amor
Rosa Montero (escritora espanhola) dizia que a paixão é um vício, algo que só pode durar uns 2 anos; este é o discurso oficial, nada criativo.
Dizia também que depois de superada a paixão, as relações ganhavam aquele aspecto quotidiano um tanto monótono e repetitivo. Ela disse que ela mesma havia se apaixonado várias vezes e que as histórias sempre terminavam assim: "Quando se sai da fantasia para a realidade, o tédio e a monotonia acabam por predominar." Ela fala que, na paixão, amamos mesmo é o estado que o encantamento pelo outro provoca em nós. É verdade. Diz que não amamos a outra pessoa e que amamos mesmo é o amor! Este é mais um capítulo do discurso oficial, tradicional e vazio.
Amamos uma determinada pessoa porque ela provoca em nós uma série de sentimentos e sensações, e isso é o que afirmo há décadas. Amo aquela pessoa cuja presença provoca em mim a sensação de aconchego, de paz e de bem-estar que eu perdi no momento do nascimento. Amo a pessoa porque ela é capaz de provocar em mim emoções muito agradáveis. É mais que lógico que seja assim.
O trágico é que muitas pessoas, depois de encantadas, continuam a amar a pessoa, apesar de ela provocar dor, humilhações e todo o tipo de insegurança e desconforto. Isso não é mais amor e sim uma dependência mórbida que está a desconsiderar os fatos e que torna tantas pessoas reféns de parceiros que não valem a pena. Aí as pessoas falam coisas do tipo: ele é péssimo, mas eu o amo! Isso é que não faz o menor sentido.
Temos mesmo que amar a pessoa que nos faz feliz, que provoca em nós grandes e prazerosas sensações. A paixão corresponde a um encantamento de ótima qualidade entre pessoas parecidas que vivenciam este encontro com muito medo. O medo é parte da paixão e dá-lhe o carácter aflitivo e tenso que pode se assemelhar ao vício.
Quando o medo se atenua, a relação continua a manter todo o vigor e todo o encantamento próprio das relações baseadas na confiança recíproca, numa intimidade totalmente compartilhada e num clima erótico legal.
O medo não é outro senão uma manifestação do que chamo de fator anti-amor, presente em todos nós, que está principalmente relacionado com o medo da felicidade. Este é o maior obstáculo à realização amorosa.
Como todo medo, só pode ser tratado de uma forma: Enfrentando-o com consciência, coragem, determinação e persistência.
Vou pensar com mais vagar sobre este texto e, se tiver tempo, ainda amanhã, vou escrever o que penso, ou o que ainda gostaria de descobrir, sobre o assunto.
Dizia também que depois de superada a paixão, as relações ganhavam aquele aspecto quotidiano um tanto monótono e repetitivo. Ela disse que ela mesma havia se apaixonado várias vezes e que as histórias sempre terminavam assim: "Quando se sai da fantasia para a realidade, o tédio e a monotonia acabam por predominar." Ela fala que, na paixão, amamos mesmo é o estado que o encantamento pelo outro provoca em nós. É verdade. Diz que não amamos a outra pessoa e que amamos mesmo é o amor! Este é mais um capítulo do discurso oficial, tradicional e vazio.
Amamos uma determinada pessoa porque ela provoca em nós uma série de sentimentos e sensações, e isso é o que afirmo há décadas. Amo aquela pessoa cuja presença provoca em mim a sensação de aconchego, de paz e de bem-estar que eu perdi no momento do nascimento. Amo a pessoa porque ela é capaz de provocar em mim emoções muito agradáveis. É mais que lógico que seja assim.
O trágico é que muitas pessoas, depois de encantadas, continuam a amar a pessoa, apesar de ela provocar dor, humilhações e todo o tipo de insegurança e desconforto. Isso não é mais amor e sim uma dependência mórbida que está a desconsiderar os fatos e que torna tantas pessoas reféns de parceiros que não valem a pena. Aí as pessoas falam coisas do tipo: ele é péssimo, mas eu o amo! Isso é que não faz o menor sentido.
Temos mesmo que amar a pessoa que nos faz feliz, que provoca em nós grandes e prazerosas sensações. A paixão corresponde a um encantamento de ótima qualidade entre pessoas parecidas que vivenciam este encontro com muito medo. O medo é parte da paixão e dá-lhe o carácter aflitivo e tenso que pode se assemelhar ao vício.
Quando o medo se atenua, a relação continua a manter todo o vigor e todo o encantamento próprio das relações baseadas na confiança recíproca, numa intimidade totalmente compartilhada e num clima erótico legal.
O medo não é outro senão uma manifestação do que chamo de fator anti-amor, presente em todos nós, que está principalmente relacionado com o medo da felicidade. Este é o maior obstáculo à realização amorosa.
Como todo medo, só pode ser tratado de uma forma: Enfrentando-o com consciência, coragem, determinação e persistência.
Vou pensar com mais vagar sobre este texto e, se tiver tempo, ainda amanhã, vou escrever o que penso, ou o que ainda gostaria de descobrir, sobre o assunto.
Texto do Dr. Flávio Gikovate, psicoterapeuta e escritor brasileiro.
Assinar:
Postagens (Atom)