Logo que, no mundo virtual da internet, meus olhos bateram na capa do livro que me acompanhou pelo antigo curso primário durante os 5 anos que ele durou, lembrei-me do nome de uma das suas autoras: Icles Marques Magalhães. Não sei porque lembrei-me do nome dela em particular. Talvez porque “Icles” é um nome super diferente. Depois, vi que eram duas autoras. Havia também a Profª Thereza Neves da Fonseca.
Dentre as lições de língua portuguesa e de matemática da "Mágica do Saber", havia textos, que eram usados pela professora para nos ajudar na interpretação. Jamais esquecerei-me do último texto do livro. Era uma crônica de Sérgio Porto, conhecido por “Stanislaw Ponte Preta”. Depois de lê-lo, caí de amores pelos textos desse tal de “Lalau”. O nome da crônica era “A Velhinha Contrabandista”. Na época, não me lembro bem em que ano, eu achei o título sensacional. Adorei. Hoje, passados mais de 40 anos, publico a crônica da “velhinha” neste espaço para compartilhar com vocês o quão gostoso pode ser aprender a nossa língua e também... Ler.
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás. Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com moamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha.
E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não "espía"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
A Mágica do Saber |
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás. Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com moamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha.
E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não "espía"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta |
Eu também usei estes livros na escola e adorei seu texto. Lembro muito bem desta velhinha da lambreta! Obrigado por me trazer essa recordação.
ResponderExcluirPois é, Sr. Vittor. São essas recordações que hoje nos fazem ver como foram valiosos os nossos dias de escola com bons professores e de bom ensino. São essas "pequenas" recordações que nos mostram que todos esses anos valeram a pena.
ResponderExcluirObrigada pela visita e pela participação.
Abraços,
Eliane Bonotto
Ah! Eu estudei neste livro, e tb (não sei pq, lembrava o nome das autoras de cor)
ResponderExcluirEu lembro muito da poesia do menino Luxento...vc podeia publicá-la eliane? e me dizer de quem é a autoria?
Cristina Hare
"Menino luxento, você quer empada? Não mamãezinha, está muito tostada. Menino luxento, você quer pudim? Não mamãezinha, está muito ruim......."
ExcluirTambém sei até hoje o "Menino Luxento" de cor. Também me lembro do:
"Mais valhe uma palhoça, onde nela o riso mora, do que palácios dourados, onde o ouro se chora."
"Coitado do mentiroso, mente uma vez mente sempre, mesmo que diga a verdade, todos lhe dizem que mente."
Eu sempre AMEI a minha Mágica do Saber. Fiz todo o primário com ela. Pena não ter guardado nem um livro dessa série maravilhosa.
Excelente essa historinha do "Menino Luxento". Lá se vão mais de 35 anos e eu não me esqueço do Menino.
ExcluirExcelente essa historinha do "Menino Luxento". Lá se vão mais de 35 anos e eu não me esqueço do Menino.
ExcluirNunca esqueci o te tô do menino luxento e da lambreta tb...
ExcluirCristina, eu adoraria, mas não guardei a minha Mágica do Saber. Lembro-me apenas deste texto do Stanislaw Ponte Preta.
ResponderExcluirMas vou procurar saber onde posso obter um exemplar dela, pois me traz ótimas recordações. Achando a poesia do Menino Luxento, é claro que a publicarei.
Foi um prazer receber seu comentário. Obrigada pela visita.
bjs
Eliane Bonotto
Estudei com este livro a Mágica do Saber, no Externato Sagrada Família em João Pessoa, onde era administrado por freiras francesas e pelo diretor Frei GABRIEL, onde era um pouco rígido o regime,mas a grande maioria dos alunos sairam com uma boa formação, e quanto ao livro recordo do texto que jamais esqueci o CAJUEIRO.
ResponderExcluirALBERTO DO EGITOJoão Pessoa PB
Olá Alberto. Boa tarde. Assim como respondi para a Cristina, digo o mesmo a você. Não guardei a minha Mágica do Saber. Lembro-me apenas deste texto do Stanislaw Ponte Preta.
ResponderExcluirMas vou procurar saber onde posso obter um exemplar dela, pois me traz ótimas recordações. Aí, poderei publicar o texto que ela mencionou e também o Cajueiro, que está em suas lembranças de menino. Promessa é divida. rsrs
Obrigada pela visita ao blog e por ter deixado seu comentário.
Forte abraço,
Eliane Bonotto
Eliane, que alegria, mulher, encontrar vc falando sobre um assunto que eu procurando na internet fui direcionada a seu blog: "A mágica do Saber". Lembro de muitos textos, pois os decorava, mas gostaria mesmo é de pegar um exemplar. Vamos procurar? Grata e beijos!!!
ResponderExcluirAí vão alguns textos que lembro agora:
ResponderExcluirPrimavera
Já é primavera
e a grama verdinha
pintada de flor
de tudo que é cor
parece paleta
de um grande notável
divino pintor
Preguiçoso
é um preguiçoso
que nada quer fazer
um mole, um cabuloso,
que foge do dever
Não tem o que coma à mesa
nem uma migalha tem de pão
O corpo é só sujeira
a roupa é só rasgão.
Versinhos populares:
Você diz que sabe muito
Há outros que sabem mais
Há outros que tiram pombas
do laço que você faz.
Coitado do mentiroso,
mente uma vez, mente sempre
mesmo que fale a verdade
todos dizem que mente.
Pedrinho
O Pedrinho é um menino ruivozinho endiabrado
Apesar de pequenino,a todos já dá cuidado
Estava um dia brincando com seu bichano peludo
quando a mamãe vai passando e percebe logo tudo
ouvindo o gato miar, ela ralha com carinho:
_Você não deve puxar o rabo deste bichinho!
Não sou eu que estou puxando,
diz Pedrinho gaiato,
eu estou só segurando,
quem puxa, mamãe, é o gato!
O menino luxento
_ Menino luxento, você quer empada?_
_Não mamãezinha, está muito salgada.
_ Menino luxento, você quer salada?
_ Não mamãezinha, está muito aguada.
_Menino luxento, você quer pudim?
_ Não mamãezinha está muito ruim.
_ Menino luxento, você não quer nada?
_ Menino luxento, pois tome palmada!
Cris!!!! Que legal te encontrar no meu blog, querida. É uma honra ter seus comentários postados aqui. Ando procurando um exemplar da Mágica do Saber, mas ainda não encontrei. Continuo procurando. Quem achar primeiro manda um email, combinado?! Adorei ler seus comentários. Obrigada pela visita. :)
ExcluirBoa tarde! Você pode encontrar no seguinte sítio:
Excluirhttp://www.estantevirtual.com.br/q/A-magica-do-saber
Um abraço
Certamente procurarei lá. Muito obrigada pela gentileza.
ExcluirEliane Bonotto
http://www.estantevirtual.com.br/q/A-magica-do-saber
ExcluirCaramba, tenho 53 anos e este livro faz parte de minhas memórias da Escola Professor Carneiro Ribeiro, em Ramos no Rio de Janeiro (Rua da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense). Estudei lá todo o meu primário e até hoje me lembro do cheiro de material escolar novo no início das aulas.. Bons tempos e estudo de verdade, com professores que, apesar de mal pagos, adoravam ensinar.
ResponderExcluirOlá, Marcos. Estou gostando de compartilhar com todos vocês essas lembranças de um tempo gostoso que é a infância saudável que tivemos o privilégio de desfrutar. Obrigada pela visita.
ExcluirAbraços,
Eliane Bonotto
:)
ExcluirMEU DEUS! QUANTA EMOÇÃO!!!
ResponderExcluirOBRIGADO A VC AMIGO POR NOS PROPORCIONAR ALGO TÃO MARAVILHOSO.
EU TAMBÉM ESTUDEI NESTE LIVRO E TENHO HOJE ALGUMAS LIÇÕES DE VIDA MUITO BOAS..
AH QUE SAUDADE....
QUE MUNDO MARAVILHOSO ESSE QUE ESTUDAMOS.
O TÍTULO DO LIVRO FAZ JUS AO CONTEÚDO.
OBRIGADO AMIGO.
FICA COM DEUS
Olá, João. Boa tarde. Realmente você está coberto de razão, o título do livro faz juz ao seu conteúdo. Obrigada pela visita.
ExcluirAbs,
Eliane Bonotto
sou doido pra achar esse livro, tb estudei nele
ResponderExcluirParabéns pelo blog...Pensei que só eu fosse apaixonada pela Mágica do Saber...tenho garimpado em sebos por anos... consegui os livros da 3a e 4a séries, mas o mais importante, meu primeiro livro didático...o da 2a série, não encontro de jeito nenhum...justamente onde tem o poema "ou isto ou aquilo" e o do menino luxento...
ResponderExcluirOi, Cassia. Fico feliz que tantas pessoas tenham se manifestado saudosas do seu livro escolar. Isso é, no meio do caos em que está a educação no Brasil, sinal de que quando os professores e o sistema da escolha do livro didático etc. são bons, a coisa dá certo no final.
ExcluirEu também não consegui encontrar A Mágica do Saber até hoje. Aliás, todos que aqui deixaram seus depoimentos. Será que é porque este foi um livro "mágico"? Tenho certeza de que a Velhinha Contrabandista, do Stanislaw Ponte Preta, diria que o motivo de não encontrarmos o livro é exatamente esse... Ele é mágico!
Vamos continuar a procurar. Eu continuo a fazê-lo. Assim que encontrar, aviso a todos num post, ok?! Obrigada pela visita ao blog. :)
Abraços,
Eliane Bonotto
Prazer falar desse livro que fez parte da minha infância. Tenho hj 54a..... e aprendi muito.
ExcluirLembra da leitura do Parsalzinho.... tbm no ultimo andar.....menino Luxento..... e outras leituras lindas... q maravilha. Gostaria de ter o livro.
Um forte abraço.
Prazer falar desse livro que fez parte da minha infância. Tenho hj 54a..... e aprendi muito.
ExcluirLembra da leitura do Parsalzinho.... tbm no ultimo andar.....menino Luxento..... e outras leituras lindas... q maravilha. Gostaria de ter o livro.
Um forte abraço.
Eu fui entre 63 e 71 o gerente da editora que lançou este título e muito calaborei em seu lançamento, bem como " Meu companheirinho" e "Minhas fichas de férias" e a cartilha Pompom meu gatinho todos da Thereza e Icles. Lancei tb outros títulos de outras autoras.
ResponderExcluirOlá, Carlos. Meu Companheirinho! Que saudade. Você teria ideia de como podemos fazer para encontrar a Mágica do Saber? Já tentei de tudo que conheço.
ExcluirAs profas. Tereza e Icles eram muito boas no que escreviam. Não conheci 'Minhas fichas de férias' nem o 'Pompom'.
Se você quiser contar um pouco mais da sua experiência de editor, está, desde já, convidado a publicar um (ou mais) post(s) no meu humilde e meio 'negligenciado pela dona' blog.
Se preferir me mandar um email... elianebonotto@elianebonotto.com, será um prazer enorme conhecer outros bons títulos.
Obrigada pela visita.
Abraços,
Eliane Bonotto
Que saudade! Estudei no primário com A Mágica do Saber, aqui no Rio. Lembro-me muito bem de todos os trechos que voces publicaram no blog. Queria muito um exemplar, mas nem mesmo na estante virtual pude encontrar. Será que alguém já teve sorte?
ResponderExcluirObrigada pela visita, Monica!
ExcluirAbraços,
EB
Estudei todo o Curso Primário (depois chamado 2º Grau e agora de Ensino Fundamental 1º Ciclo), usando apenas este livro A Mágica do Saber e outro livro chamado Infância Brasileira. Eram bons livros que passavam de ano para ano acompanhando o aluno e quando esse terminava o Curso Secundário, os livros ainda serviam para os alunos que estavam saindo da Alfabetização. Bons tempos aqueles...
ResponderExcluirObrigada pela visita, Júlio César!
ExcluirAbraços,
EB
Para todos:
ResponderExcluirDeixo o link de um novo post que fiz sobre a Mágica do Saber. Espero que gostem.
http://www.elianebonotto.com/2013/03/as-aventuras-da-magica-do-saber.html
Abraços,
Eliane Bonotto
Bom dia pessoal, hoje 30 de novembro de 2013 comecei a lembrar dos meus tempos de colégio e de repente lembrei do texto " Grimblé" , alguém se recorda?
ResponderExcluirLendo os posts aqui, resolvi que segunda feira vou até o famoso Sebo do Messias aqui no centro de SP e procurar não só " A Mágica do Saber ", e aproveitar e ver se encontro a Cartilha Caminho Suave, que também continha textos memoráveis, que lembro até hoje , como por exemplo o texto " Nhá Maria " que naquele longinquo tempo nos apresentava aos dígrafos,
Vou aproveitar o meu horário de almoço na segunda e ver se recupero um pouco da memória acadêmica,
Bom final de semana a todos
Renato
( rodriguesestruturas@hotmail.com)
Olá, Renato. Boa tarde.
ExcluirQue bom saber de mais uma pessoa que estudou usando A Mágica do Saber. Infelizmente, já tentei, mas não consegui me lembrar do texto de que você fala, o "Grimblé".
Estou bastante esperançosa de você encontrar os dois livros no sebo em SP. Em Sampa tem de tudo! Aqui no Rio já não se encontra quase nada. Agradeço em meu nome e em nome dos leitores que também se esforçaram para encontrar A Mágica do Saber.
Bom final de semana pra você e muito obrigada pela visita.
Abraços,
Eliane Bonotto
Olá,Eliane.Estou muito feliz em relembrar dos meus 12 anos,quando estudei com este livro. Tempos de estudo sério, professores que levavam o ensino como meta. Gostaria muito de saber como adquirir um exemplar. NOSSA ! QUANTA ALEGRIA !!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirOlá, Sueli. Todos que deixaram comentários aqui estão, assim como eu, tentando encontrar um exemplar da Mágica do Saber. Tão logo alguém encontre, vou tentar avisar a todos e a você também.
ResponderExcluirObrigada pela sua visita.
Abraços,
Eliane Bonotto
Estudei na Mágica do Saber nos quatro anos do antigo primário. Menino Luxento é um clássico que, hoje, seria considerado politicamente incorreto.. "Menino luxento vc não quer nada, menino luxento pois tome palmada..."
ResponderExcluirAh, Valéria, vc disse tudo. Realmente, hoje o Menino Luxento seria execrado das escolas pela "elite" esquerdista. A autora desse texto excelente, a poetiza Tavi Pagano, que tanto nos ensinou em relação aos verdadeiros valores humanos, hoje seria taxada de preconceituosa e possuidora de aversão irreprimível às demandas das crianças oprimidas por pais despóticos, além de ser processada e enquadrada na grotesca "lei da palmada" (que ainda não foi aprovada).
ExcluirQue falta nos fazem as antigas professoras dos anos 60/70, que falavam e escreviam primorosamente a língua portuguesa, que eram conhecedoras em grande alcance da matemática e das ciências. Que falta nos fazem as cartilhas e livros didáticos politicamente incorretos a nos ensinar que a vida é a realidade que se nos apresenta, e não o delírio patético dos atuais "educadores".
A cada dia que passa sinto mais saudade da Mágica do Saber, cujo título em si é uma obra-prima. Obrigada pela visita.
Abraços,
Eliane Bonotto
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAnteontem meu irmão lembrou de alguns poemas que aprendemos na Mágica do Saber. "Plutão", de Olavo Bilac, o Menino Enjoadinho e outro do qual não recordamos o título nem o autor. Um que tinha as seguintes estrofes: "Cada vez que falar ouço / Dos escravos, dor tormentos / Do seu grande sofrimento / Bem digo a Lei de Paranhos / De Cotegipe o Ensaio / ... o 13 de Maio / Louvo a Princesa Isabel..."
ResponderExcluirEle procurou na Internet e achou o seu blog, que me propiciou uma agradávekl viagem aos anos de 66 a 69, em que estudei na Escola Minas Gerais, na cidade do Rio.
Somos 5 irmãos, todos formados pela Mágica do Saber.
O poema Menino Enjoadinho aprendi antes de ser alfabetizado, por ouvir a minha irmã decorando. Aliás, boa parte do que leria nos livros eu já tinha ouvido pelas minhas irmãs, ja decorando ou comentando. Como é o caso de um que mais me intrigava e lembro até hoje: Um pai mandava o filho à casa do vizinho, pedir emprestado o serrote, que era conhecido como Vai-e-vem. O vizinho assim responde ao menino: "Se Vai-e-vem, vai e vem, Vai-e-vem vai, mas se Vai-e-vem vai e não vem, Vai-e-vem não vai."
Bons tempos ! Ainda me lembro de nós choramingando, que não queríamos ir à aula e meu pai dizendo que poderíamos faltar, no dia em que chovesse de baixo para cima.
Oi Jobsant, acabei de escrever uma resposta enorme para agradecer o seu comentário delicioso, e perdi tudo quando estava publicando. Que droga!
ExcluirNão me lembro de tudo que escrevi sobre os textos maravilhosos que você me fez relembrar e que me fizeram dar um passeio pelo tempo (também estudei de 66 a 69 na Mágica do Saber).
Obrigada pela visita e pelo comentário. Amei o último parágrafo. O que nos falta hoje são exatamente os valores sólidos das nossas famílias.
Abraços para você e seu irmão,
Eliane Bonotto
elianebonotto@elianebonotto.com
Chegaram-me ontem pelo Correio 2 exemplares d'A Mágica do Saber que achei no Mercado Livre. Há mais um disponível lá, mas o sujeito está pedindo 100 reais (do 3º ano). Na Estante Virtual, atualmente, não há um único exemplar.
ResponderExcluirOs que me chegaram eram exatamente os que eu mais queria: os do 6º ano (antigamente chamado Admissão): POR/MAT e HIS/GEO. Os dois livros estão em excelente estado de conservação. Um deles está praticamente zerado. Incrível e surpreendente...
Vou repetir 1.000.000 vezes: saudosismo ou não, não se fazem mais livros didáticos como aqueles. E praticamente não há mais professoras como a Profª. Icles a Profª. Thereza. Ficar mais "maduro" tem dessas coisas: a comparação do presente com o passado, muitas vezes é francamente desfavorável àquele. Como éramos felizes... :'(
Olá, João Luís. Fiquei muito contente de saber que você conseguiu dois exemplares de A Mágica do Saber. Você nos avisou sobre um 3º exemplar e eu corri para o Mercado Livre. Só que neste exemplar que está a venda não consta o ano da publicação, segundo o vendedor.
ExcluirA capa do livro é bem diferente daquela do livro em que eu estudei. Eu me lembro bem da Mágica do Saber com a capa cor de rosa, apesar de não me lembrar a série do livro. Lembro-me que também usei o livro com a capa amarela, como o da foto deste post. Mas, definitivamente, o livro que está a venda não é da mesma edição deste do post.
João Luís, o livro que você comprou tem a capa igual ao que ainda está a venda? Ou tem a edição de 1966, como esse da foto deste meu post? Eu não me lembro de ter estudado na Mágica do Saber com aquela capa na qual há a professora e o aluno.
Obrigada.
E vocês citaram "O Menino Luxento"... Como não lembrar desse poeminha/historieta?... Lembro que eu, criança, ao deparar com aquele adjetivo, pensei: "Que palavra mais estranha"... Nunca mais o vi escrito em lugar nenhum. "Luxento"...
ResponderExcluirNo Geografia do 6º Ano/Admissão, havia a lista com os todos os países independentes de então (início dos Anos 70) e suas capitais. Memorizei todos (incluindo as capitais) e nunca mais os esqueci, até hoje (fui procedendo as devidas atualizações, claro)...
O nome da série era perfeito: aquilo, para mim, era uma mágica e tanto. E até hoje é...
O Menino Luxento é o conto de que os estudantes de A Mágica do Saber mais se lembram.
ExcluirEu também nunca mais ouvi ou li esse adjetivo depois dos meus tempos de criança, mas meu pai o usava comigo quando queria dizer que eu estava exigindo demais. Era tiro e queda: "Você é muito luxenta, viu?!" Talvez tenha sido uma expressão dos anos 50/60, não sei. Mas que dá saudade, ahh, isso dá.
Muito obrigada pela visita.
Abraços,
Eliane Bonotto
Poxa...quanta coisa boa de ler neste espaço. Fui pesquisar e procurar pela "MÁGICA DO SABER" e me deparo no outro link da ELIANE com um belo e importante relato do Editor CARLOS DODL. Obrigado ELIANE , ao Sr. Carlos Dodl e filhos e ao Eduardo-filho do ilustrador MANOEL . Fui criado em escola pública( de 1965 a 1972). Enfim.nasci em 1955 e ,daí voces podem deduzir minha idade. Devo tudo à Escola Pública. Um grande abraço a todos. LUIZ ALFREDO
ResponderExcluirPS: Estou tentando sem sucesso achar UM exemplar da MÁGICA, se alguém puder ajudar ficarei muito agradecido >>> lalima318@gmail.com
Nossa!Eu também estudei na mágica do saber e tive o livro até alguns anos atrás.Me desfiz na mudança.Pena.
ResponderExcluirNossa!Eu também estudei na mágica do saber e tive o livro até alguns anos atrás.Me desfiz na mudança.Pena.
ResponderExcluirBoas recordações, voltando no tempo. O texto que mais me recordo é o da "velhinha contrabandista".
ResponderExcluirBoa noite Eliane. Eu já ia dormir, quando me veio a mente mais uma tentativa de encontrar estes livros, ou pelo menos alguém que também usado. E para minha alegria encontro esta página. Meu DEUS que lembranças incríveis, verdadeira viagem.Vi muito rapidamente, acima que um rapaz tem um site, página ou algo parecido com mais conteúdo. O que mais vem a minha mente é A velha Totonha que vivia dando muxoxos, A bicicleta de Serginho e a estória do mentiroso. Gostaria muito de encontrar "Sofia, a desastrada". Obrigada por me (nos) momentos de magia com estas lembranças tão leves e pura. Um grande abraço. Graça e Paz. Vou add no face, caso vc aceite, Jozélia Terto.
ResponderExcluirBom Dia.
ResponderExcluirQue felicidade.Estudei na Escola Alvaro Alvim-em Magalhães Bastos -Rj.E amava A Magica do Saber.Contava muito a história do menino pastor,para o meu filho e hoje conto para o meu neto.Esse livro era uma mágica mesmo.Amava o livro.Saudades.
Bom Dia!
ResponderExcluirPor favor,será que pode fazer o favor de escrever a historia do menino pastor?
Agradeço muito.
Muito bom ter encontrado pessoas reunidas nesse sítio e com a mesma paixão que eu pelo livro "A mágica do saber", como todos também estudei durante todo o meu primário. Lembro de algumas leituras de cor e outras apenas o que na minha imaginação fui levada, marcante demais, inesquecível. essa nunca esqueci Princesa isabel.... "Glória a princesa isabel a redentora imortal que a escravidão extinguiu em sua terra natal. Glória ao seu nome querido e sua amada memória que hão de brilhar para sempre nos livros da nossa história. Brasileiros com ternura relembrai essa princesa, que deu ao nosso Brasil maior renome e grandeza." Muita saudade!
ResponderExcluirNossa pessoal, tenho 31 anos e toda minha infância foi "ilustrada" pelos contos da Mágica do Saber, q minha mãe recita, até os dias atuais, de cor. Falávamos sobre eles na semana passada e estou aki à procura...
ResponderExcluirQuando achei o blog, corri ao telefone e me coloquei a ler o chat pra ela, à seu pedido aí vai um q lembro um pouco, além da do Pedrinho que já postaram aki... (não sabemos o título, nem o autor):
"Velho Zuza tinha uma oficina e muitas de suas ferramentas eram emprestadas e não lhes eram devolvidas. Até que ele organizou a oficina e colocou nome em todas as ferramentas. O serrote era Vai-e-vem, o martelo era toque-toque e por assim ia...
Um dia o filho do vizinho veio lhe pedir o serrote emprestado e o velho respondeu: (minha mãe declama poeticamente a fala dele, mas não lembro as palavras exatas)
- Diga à seu pai q se Vai-e-vem fosse e voltasse, Vai-e-vem iria, mas, como Vai-e-vem, vai e não vem, Vai-e-vem não vai!
Esses contos viraram uma espécie de herança de memória pra minha família, agora os recitamos em coro para os netos de meus pais. Lindo isso e entendo super o saudosismo de todos aqui!!!
Grande abraço,
Rafa Reis
Me alfabetizei no Instituto Montessori,em João Pessoa,lá pelo anos 70,e ainda hoje lembro de alguns textos desse livro mágico:Ou isto ou aquilo(Cecília Meireles),O último andar,Meu cajueiro (Um amigo de infância-Humberto de Campos),Menino luxento,A rã e o boi.O texto do Pedrinho,,versinhos populares lembrei porque postaram,mas gostaria de saber qual o nome do texto em que um homem fica reduzido à metade?Alguém lembra??Amei recordar!!!
ResponderExcluirhoje passados mais ou menos 45 anos lembrei-me do meu livro da 2ª série A mágica do saber. Corri para o computador para reacender ainda mais as minhas lembranças heis que encontro várias pessoas que também passaram pelo processo de alfabetização e guardam saudosa lembrança desse livro, eu ficaria horas e horas falando da minha experiência com esse livro e da leitura favorita. Era uma fábula a Rã e o Boi. Naquela época de família paupérrima mas que tinha um compromisso muito grande com a educação dos filhos. Época em que não havia merenda na escola, uniforme e material escolar inclusive o livro didático eram comprados pelos pais. Meu pai durante as férias escolares que eram de 3 meses se esmerava na colheita do urucum, para vender e assim comprar o material escolar dos 3 filhos. Os livros eram sempre aproveitados pelo mais novo eu tive a sorte de compartilhar dos livros de minha irmã que era uma série à minha frente. Me lembro de um tio distante que era analfabeto e que ia todas as noites para a minha casa e lá nós liamos esta fabula para ele que já conhecia mas ficava muito contente em nos ver ler para ele. Essa é a grande lembrança que tenho do meu livro a Mágica do Saber. Só sinto não ter o guardado para apresentar à minha filha e aos meus alunos do curso Normal.
ResponderExcluirEra nesse livro que tinha a história de uma mulher chamada dona pulqueria?
ResponderExcluirGostaria de saber gente se uma historia da "DONA PULQUERIA" tbm tem nesse livro..
ResponderExcluirAmei, recordar a Mágica do Saber....aprendi a gostar de leitura com ela...aprendi a amar Cecília Meireles e muitos outros...
ResponderExcluirAlguém se lembra de uma história em que dois orientais (acho que um deles de chamava Shintao) conversavam e diziam "isso é bom" ou "isso é ruim"? Sempre alternando as opiniões.
ResponderExcluirDeixa menino insensato
ResponderExcluirO passarinho voar
Que mal te fez a avezinha
que passa a vida a cantar
joga fora a atiradeira, vai pedir a Deus perdão
Mostra que guardas no peito
a joia de um coração.