Boa tarde, leitoras e leitores. Hoje vou “chutar o balde”. Ando de saco cheio de escrever com palavras bonitas e corretas sobre o que penso. Percebo que de nada adianta, pois acho que as pessoas já nem conseguem mais interpretar o mínimo da língua portuguesa a ponto de entender a mensagem que desejo passar. Portanto, hoje, uma sexta-feira, é o dia ideal para dar aquele solene chute no balde.
E já que hoje é sexta-feira, o assunto será deveras pertinente. Se você está sem namorado e recebeu o convite de um cavalheiro para algo neste fim de semana (entendam “algo” como melhor lhes aprouver, ok?!), você deve estar nas nuvens, não é mesmo? Parabéns, você merece.
Tenho certeza de que você, prevenida, honesta e prática, como toda mulher que se preza, perguntou ao cavalheiro se ele é casado. OK, calma, não perguntou hoje. Fez essa pergunta há alguns dias ou semanas. E como ele respondeu? Ahhhh... Já ouviram falar de que a “porca torce o rabo”, né?! Pois é. Então vamos lá.
Vejam, minhas lindinhas, quando um homem disser a vocês que ele é separado, entendam a frase que ele deveria ter dito e não disse: “é uma separação apenas de corpos, não dormimos mais no mesmo quarto”. Ou seja, o casamento já está morto, falecido, mas não enterrado. O defunto, já malcheiroso (o casamento), permanece ali, no ninho dos pombinhos, mas eles ainda vivem (não me perguntem como) debaixo do mesmo teto.
Quando um homem disser a vocês que ele é casado, mas é “mal casado”, que ele e a esposa já são praticamente irmãos, entendam a frase que ele deveria ter dito e não disse: muito provavelmente a mesma do parágrafo anterior. Ou talvez mais realista ainda e, por isso, nem vou atemorizá-las com palavras ácidas.
Quando um homem disser a vocês que ele é casado, entendam a frase que ele deveria ter dito e não disse: “gostei à beça de você, mas só vou sair com você para lhe adoçar a boca com um jantar, um vinho, uma música e depois a parte que me interessa, sexo”. Nada contra a melhor parte do affair. Longe de mim. Puritanismo não é a minha praia. Só que, definitivamente, esqueçam que esses convites serão frequentes. Esses convites requerem toda uma estratégia de campo e logística, dignas de uma guerra napoleônica, e que, às vezes, podem levar semanas.
Em outras palavras, leitoras, homens não se separam no verdadeiro sentido da palavra. De jeito nenhum. Ou melhor. Você até encontra homens separados, divorciados, sim, mas isso quando a mulher desse homem cansou-se da vida estagnada, inútil, nociva e prejudicial de um casamento deteriorado, e deu-lhe um belo “pé-na-bunda”. Aí sim, o “filhinho da mamãe” pega suas trouxinhas e, quando ainda a tem, volta para a casa da “mamãezinha querida”. Aquela mesma mulher que ele procurou em cada namorada que cogitou para esposa antes de se casar.
Desculpem-me, mas tenho essa firme convicção, depois de meio século de vida. Os homens procuram nas suas futuras esposas (detesto a palavra esposa, é de um provincianismo horroroso, atualmente pejorativo até) as mães que tiveram e sem as quais não vivem. Isso porque essas mães e, portanto, refiro-me a nós mesmas, leitoras, mulheres que somos, principalmente aquelas que são mães de lindos menininhos de 4 ou 5 aninhos hoje, têm uma grande parcela de culpa nisso tudo. Claro que a parcela não é tão grande porque o contexto social da época em que educamos nossos filhos conta, e muito. Contudo, não justifica o que fazemos com nossos pimpolhos, deixando-os dependentes das nossas barras de saia para sempre. Freud explica, viu?!
Como, mais cedo ou mais tarde, os machos da espécie humana ouvem os chamados da natureza, acabam por escolher a fêmea da espécie que mais se aproxima à sua genitora e, então, dá-se o enlace matrimonial. Ou vocês pensam que é por qualquer outro motivo que conseguimos tirá-los da casa da mamãe! Vã ilusão. Mas continue calma, cara leitora, tudo isso se dá, na maioria esmagadora das vezes, inconscientemente. Podem perguntar a qualquer psicólogo(a).
No grande dia, a galera toda comparece à cerimônia religiosa de casamento, suas amigas choram de emoção com os gestos, cada vez mais ensaiados atualmente, dos noivinhos. Depois das lágrimas da alma feminina (isso também faz parte do chamado da natureza para a manutenção da espécie, queridas, acreditem), é a hora da comemoração. Essa é outra palavra de que não gosto, comemorar. Faz-me lembrar de que as pessoas só se reúnem para se empanturrar de comida e bebida a troco de nada, pois estão ali só de corpo, não de alma ou espírito. Sinceramente, no meu vocabulário só existe uma palavra para eventos especiais na minha vida, celebração. Celebrar no sentido de acolher com festejos o acontecimento, ou seja, pôr a alma e o coração em estado de festa. Não o estômago! Bem... Voltado à festa da cerimônia do enlace matrimonial, lá pelas tantas, quando os pais dos noivos já não aguentarem mais o último bêbado que terão de pôr para fora dali, tudo volta ao normal e, a essa hora, os pombinhos já partiram em “lua de mel”. Mas essa já é outra história e fica para outra ocasião.
Somos todos compelidos a acreditar que daquele dia em diante “todos viveram felizes para sempre”. E não é assim que acontece. Com ninguém. Ninguém mesmo! Não estou dizendo que não haja exceções. Elas existem, sim. Casais que se amam, se desentendem, até porque são duas pessoas diferentes. E quando se amam, obviamente, eles se entendem também. Se somos a única espécie animal dita racional, o que nos diferencia das outras espécies é o diálogo, não?!
O problema, leitora, é quando o macho em questão descobre que sua fêmea, tão cuidadosamente escolhida, não chega nem perto de ser sua mãe. E nem poderia ser diferente. Ela é a mulher dele. Não a mãe dele! Menos ainda a empregada doméstica! E nesse momento, abre-se a grande brecha para a temida e hostil, grande adversária da instituição casamento, a rotina. E aí voltamos ao ponto do pé-na-bunda.
Se a mulher é ativa, trabalha fora, tem de bater metas, aguentar um chefe temperamental, estar impecavelmente bela para receber os clientes, cuidar do(a) filho(a), manter a empregada doméstica satisfeita apesar dos chutes na canela que ela recebe todos os dias do seu “bebezinho” mimado, saber se a casa está abastecida com víveres suficientes etc, ou seja, se ela tem mais o que fazer na vida, certamente o dia do pé-na-bunda está muito próximo.
Entretanto, se a mulher é aquela dona de casa que sabe fazer artesanato com perfeição, cozinha super bem, mantém a casa um primor de limpeza, e ainda, desconhece as palavras, siglas ou expressões: Twitter, networking, Google, mercado de ações, briefing, Facebook, IOF, outsourcing, blog, workshop, SMS, workaholic, câmbio flutuante, iPad, brainstorming, tablet, spread bancário, feedback... Acho melhor para por aqui, essa está fadada a fazer bodas de ouro. E o que é pior, na festa de suas bodas de ouro, rodeada de filhos e netos, nem saberá o significado das palavras liberdade, escolha, vontade própria, responsabilidade (a verdadeira, não a da cozinha), sexo, vida, contentamento e finalmente, felicidade. Para esta santa do lar, tudo o que ela teve do marido que pulou a cerca todos esses anos, foi a mais pura expressão do que seja felicidade. E acreditem, mesmo o mundo moderno está cheio dessas “santas do lar”. Vê lá pessoal... Sem preconceitos ou mal-entendidos, por favor.
Dessa esposa-mãe, os homens não se separam, mesmo que tenham de abrir mão de ser feliz, assim como suas esposas. Esse parasitismo e simbiose em que se transforma o casamento e o convívio desses dois, para mim ainda é um enorme mistério.
Está para nascer aquele homem que, ao ser perguntado se é casado, responderá assim: “separei-me de minha esposa, não foi nada fácil, mas do jeito que estava não dava para continuar, então resolvi estar livre para tentar fazer as coisas na minha vida de um modo diferente”.
E não se esqueçam, quando um relacionamento, seja ele casamento ou não, estiver com a morte cerebral detectada, enterrem o defunto. Não deixem que o mal cheiro permaneça perto de vocês... Deixem que ele descanse em paz.
E já que hoje é sexta-feira, o assunto será deveras pertinente. Se você está sem namorado e recebeu o convite de um cavalheiro para algo neste fim de semana (entendam “algo” como melhor lhes aprouver, ok?!), você deve estar nas nuvens, não é mesmo? Parabéns, você merece.
Tenho certeza de que você, prevenida, honesta e prática, como toda mulher que se preza, perguntou ao cavalheiro se ele é casado. OK, calma, não perguntou hoje. Fez essa pergunta há alguns dias ou semanas. E como ele respondeu? Ahhhh... Já ouviram falar de que a “porca torce o rabo”, né?! Pois é. Então vamos lá.
Vejam, minhas lindinhas, quando um homem disser a vocês que ele é separado, entendam a frase que ele deveria ter dito e não disse: “é uma separação apenas de corpos, não dormimos mais no mesmo quarto”. Ou seja, o casamento já está morto, falecido, mas não enterrado. O defunto, já malcheiroso (o casamento), permanece ali, no ninho dos pombinhos, mas eles ainda vivem (não me perguntem como) debaixo do mesmo teto.
Quando um homem disser a vocês que ele é casado, mas é “mal casado”, que ele e a esposa já são praticamente irmãos, entendam a frase que ele deveria ter dito e não disse: muito provavelmente a mesma do parágrafo anterior. Ou talvez mais realista ainda e, por isso, nem vou atemorizá-las com palavras ácidas.
Quando um homem disser a vocês que ele é casado, entendam a frase que ele deveria ter dito e não disse: “gostei à beça de você, mas só vou sair com você para lhe adoçar a boca com um jantar, um vinho, uma música e depois a parte que me interessa, sexo”. Nada contra a melhor parte do affair. Longe de mim. Puritanismo não é a minha praia. Só que, definitivamente, esqueçam que esses convites serão frequentes. Esses convites requerem toda uma estratégia de campo e logística, dignas de uma guerra napoleônica, e que, às vezes, podem levar semanas.
Em outras palavras, leitoras, homens não se separam no verdadeiro sentido da palavra. De jeito nenhum. Ou melhor. Você até encontra homens separados, divorciados, sim, mas isso quando a mulher desse homem cansou-se da vida estagnada, inútil, nociva e prejudicial de um casamento deteriorado, e deu-lhe um belo “pé-na-bunda”. Aí sim, o “filhinho da mamãe” pega suas trouxinhas e, quando ainda a tem, volta para a casa da “mamãezinha querida”. Aquela mesma mulher que ele procurou em cada namorada que cogitou para esposa antes de se casar.
Desculpem-me, mas tenho essa firme convicção, depois de meio século de vida. Os homens procuram nas suas futuras esposas (detesto a palavra esposa, é de um provincianismo horroroso, atualmente pejorativo até) as mães que tiveram e sem as quais não vivem. Isso porque essas mães e, portanto, refiro-me a nós mesmas, leitoras, mulheres que somos, principalmente aquelas que são mães de lindos menininhos de 4 ou 5 aninhos hoje, têm uma grande parcela de culpa nisso tudo. Claro que a parcela não é tão grande porque o contexto social da época em que educamos nossos filhos conta, e muito. Contudo, não justifica o que fazemos com nossos pimpolhos, deixando-os dependentes das nossas barras de saia para sempre. Freud explica, viu?!
Como, mais cedo ou mais tarde, os machos da espécie humana ouvem os chamados da natureza, acabam por escolher a fêmea da espécie que mais se aproxima à sua genitora e, então, dá-se o enlace matrimonial. Ou vocês pensam que é por qualquer outro motivo que conseguimos tirá-los da casa da mamãe! Vã ilusão. Mas continue calma, cara leitora, tudo isso se dá, na maioria esmagadora das vezes, inconscientemente. Podem perguntar a qualquer psicólogo(a).
No grande dia, a galera toda comparece à cerimônia religiosa de casamento, suas amigas choram de emoção com os gestos, cada vez mais ensaiados atualmente, dos noivinhos. Depois das lágrimas da alma feminina (isso também faz parte do chamado da natureza para a manutenção da espécie, queridas, acreditem), é a hora da comemoração. Essa é outra palavra de que não gosto, comemorar. Faz-me lembrar de que as pessoas só se reúnem para se empanturrar de comida e bebida a troco de nada, pois estão ali só de corpo, não de alma ou espírito. Sinceramente, no meu vocabulário só existe uma palavra para eventos especiais na minha vida, celebração. Celebrar no sentido de acolher com festejos o acontecimento, ou seja, pôr a alma e o coração em estado de festa. Não o estômago! Bem... Voltado à festa da cerimônia do enlace matrimonial, lá pelas tantas, quando os pais dos noivos já não aguentarem mais o último bêbado que terão de pôr para fora dali, tudo volta ao normal e, a essa hora, os pombinhos já partiram em “lua de mel”. Mas essa já é outra história e fica para outra ocasião.
Somos todos compelidos a acreditar que daquele dia em diante “todos viveram felizes para sempre”. E não é assim que acontece. Com ninguém. Ninguém mesmo! Não estou dizendo que não haja exceções. Elas existem, sim. Casais que se amam, se desentendem, até porque são duas pessoas diferentes. E quando se amam, obviamente, eles se entendem também. Se somos a única espécie animal dita racional, o que nos diferencia das outras espécies é o diálogo, não?!
O problema, leitora, é quando o macho em questão descobre que sua fêmea, tão cuidadosamente escolhida, não chega nem perto de ser sua mãe. E nem poderia ser diferente. Ela é a mulher dele. Não a mãe dele! Menos ainda a empregada doméstica! E nesse momento, abre-se a grande brecha para a temida e hostil, grande adversária da instituição casamento, a rotina. E aí voltamos ao ponto do pé-na-bunda.
Se a mulher é ativa, trabalha fora, tem de bater metas, aguentar um chefe temperamental, estar impecavelmente bela para receber os clientes, cuidar do(a) filho(a), manter a empregada doméstica satisfeita apesar dos chutes na canela que ela recebe todos os dias do seu “bebezinho” mimado, saber se a casa está abastecida com víveres suficientes etc, ou seja, se ela tem mais o que fazer na vida, certamente o dia do pé-na-bunda está muito próximo.
Entretanto, se a mulher é aquela dona de casa que sabe fazer artesanato com perfeição, cozinha super bem, mantém a casa um primor de limpeza, e ainda, desconhece as palavras, siglas ou expressões: Twitter, networking, Google, mercado de ações, briefing, Facebook, IOF, outsourcing, blog, workshop, SMS, workaholic, câmbio flutuante, iPad, brainstorming, tablet, spread bancário, feedback... Acho melhor para por aqui, essa está fadada a fazer bodas de ouro. E o que é pior, na festa de suas bodas de ouro, rodeada de filhos e netos, nem saberá o significado das palavras liberdade, escolha, vontade própria, responsabilidade (a verdadeira, não a da cozinha), sexo, vida, contentamento e finalmente, felicidade. Para esta santa do lar, tudo o que ela teve do marido que pulou a cerca todos esses anos, foi a mais pura expressão do que seja felicidade. E acreditem, mesmo o mundo moderno está cheio dessas “santas do lar”. Vê lá pessoal... Sem preconceitos ou mal-entendidos, por favor.
Dessa esposa-mãe, os homens não se separam, mesmo que tenham de abrir mão de ser feliz, assim como suas esposas. Esse parasitismo e simbiose em que se transforma o casamento e o convívio desses dois, para mim ainda é um enorme mistério.
Está para nascer aquele homem que, ao ser perguntado se é casado, responderá assim: “separei-me de minha esposa, não foi nada fácil, mas do jeito que estava não dava para continuar, então resolvi estar livre para tentar fazer as coisas na minha vida de um modo diferente”.
E não se esqueçam, quando um relacionamento, seja ele casamento ou não, estiver com a morte cerebral detectada, enterrem o defunto. Não deixem que o mal cheiro permaneça perto de vocês... Deixem que ele descanse em paz.
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Tô só de olho em você...
Já ia sair de fininho sem deixar um comentário, né?!
Eu gosto de saber sua opinião sobre o que escrevo.
Não tem de ser só elogio... Quero sua opinião de verdade!