“Então”, hoje estou com uma vontade irresistível de falar sobre o Português. Não, não dos rapazes que nascem em Portugal, mas da língua portuguesa, por isso o ‘P’ maiúsculo em ‘Português’.
Penso que, pior do que os graves erros gramaticais e de ortografia da língua portuguesa, são esses horrendos vícios de linguagem que acometem a população de quando em vez. Digo de quando em vez porque eles aparecem em ondas. Duram um certo tempo e desaparecem como a espuma das ondas do mar na areia da praia. Isso porque são logo substituídos por outros. Na maioria das vezes, piores do que os anteriores.
Um desses “vícios-modismos”, atualmente, é o uso indiscriminado do advérbio “então” como uma interjeição para começar qualquer frase. Alguém poderia explicar o porquê disso? De onde desenterraram tantos “entões”? Será que é falta de inspiração ou de vocabulário?
O outro “vício-modismo”, e esse é um erro, é o uso do advérbio “onde” como se fosse um pronome relativo. Vejam esta pérola retirada de uma propaganda de um site: "Conheça ainda nosso Plano de Fidelidade, onde concedemos descontos de até 10 Frete gratuito (sic)!".
Ai, meus sais! O advérbio "onde" ocorre com valor circunstancial de lugar. Isso significa que somente poderá ser usado na indicação de lugar: Estar em algum lugar, ir a algum lugar, vir de algum lugar. Uma vez que haja o valor circunstancial de lugar, pode-se usar o advérbio "onde". Por exemplo, “A casa onde estive pertenceu à Princesa Isabel.” Será que as pessoas esqueceram-se de que ainda existem os pronomes "que" e "qual"?
Então (aqui utilizado corretamente!), por que a população deste Brasil não usa os bons e velhos "no qual", "na qual", "nos quais", "nas quais", “em que”, “com o qual”, “para a qual”, “com o que” etc., sem, obviamente, deixar de fazer as respectivas concordâncias de gênero e de número?
Vou repetir aqui o que escrevi há alguns dias no Facebook para uma amiga brasileira que leciona numa faculdade nos Estados Unidos. “A língua portuguesa foi assassinada e estamos em seu velório até hoje. O problema é que, com o passar do tempo, o "defunto" vai ficando malcheiroso. Por isso, qualquer dia desses, vão acabar por enterrá-la de vez.” E ela me respondeu: “Você tem razão. E vai chegar a hora em que esse linguajar pobre será o padrão.” E então eu arremato para terminar, “em parte já é, infelizmente.”
Penso que, pior do que os graves erros gramaticais e de ortografia da língua portuguesa, são esses horrendos vícios de linguagem que acometem a população de quando em vez. Digo de quando em vez porque eles aparecem em ondas. Duram um certo tempo e desaparecem como a espuma das ondas do mar na areia da praia. Isso porque são logo substituídos por outros. Na maioria das vezes, piores do que os anteriores.
Um desses “vícios-modismos”, atualmente, é o uso indiscriminado do advérbio “então” como uma interjeição para começar qualquer frase. Alguém poderia explicar o porquê disso? De onde desenterraram tantos “entões”? Será que é falta de inspiração ou de vocabulário?
O outro “vício-modismo”, e esse é um erro, é o uso do advérbio “onde” como se fosse um pronome relativo. Vejam esta pérola retirada de uma propaganda de um site: "Conheça ainda nosso Plano de Fidelidade, onde concedemos descontos de até 10 Frete gratuito (sic)!".
Ai, meus sais! O advérbio "onde" ocorre com valor circunstancial de lugar. Isso significa que somente poderá ser usado na indicação de lugar: Estar em algum lugar, ir a algum lugar, vir de algum lugar. Uma vez que haja o valor circunstancial de lugar, pode-se usar o advérbio "onde". Por exemplo, “A casa onde estive pertenceu à Princesa Isabel.” Será que as pessoas esqueceram-se de que ainda existem os pronomes "que" e "qual"?
Então (aqui utilizado corretamente!), por que a população deste Brasil não usa os bons e velhos "no qual", "na qual", "nos quais", "nas quais", “em que”, “com o qual”, “para a qual”, “com o que” etc., sem, obviamente, deixar de fazer as respectivas concordâncias de gênero e de número?
Vou repetir aqui o que escrevi há alguns dias no Facebook para uma amiga brasileira que leciona numa faculdade nos Estados Unidos. “A língua portuguesa foi assassinada e estamos em seu velório até hoje. O problema é que, com o passar do tempo, o "defunto" vai ficando malcheiroso. Por isso, qualquer dia desses, vão acabar por enterrá-la de vez.” E ela me respondeu: “Você tem razão. E vai chegar a hora em que esse linguajar pobre será o padrão.” E então eu arremato para terminar, “em parte já é, infelizmente.”