Para despistar a crise do café, sua causa foi atribuída à crise mundial de 1929. Mas em 1934, a crise havia acabado, e o que acontecia com o café brasileiro? Em vez de procurar mercados (os russos queriam o nosso café, mas Vargas não os recebeu, conforme nos conta Lobato), Vargas criou o IBC (Instituto Brasileiro do Café) que se encarregou de liquidar com a produção do café. O IBC, presenteado aos tenentes interventores como barganha de apoio, inicialmente queimou o café, mas depois descobriu o contrabando internacional e nunca mais a lavoura foi a mesma. As estatísticas da época são impressionantes: em 1929, o Brasil detinha 70% da produção mundial de café. Ao final da 2ª Guerra, tinha apenas 36 % da produção mundial. De 1934 a 1944 foram arrancadas ou abandonadas 750 milhões de mudas de café. No auge da crise, importamos café de Cuba. Depois, Vargas criou o Instituto do Açúcar e do Álcool, e o Brasil passou a importar açúcar. O mesmo com o arroz e o leite. Criou o Instituto do Leite, e desde então o leite começou a rarear nos armazéns, e é dessa época a cultura da água no leite e do milho no café. Nunca havia faltado carne no Brasil. Mas, durante a guerra, surgiram as filas nos açougues e o racionamento. Era o pessoal de Vargas culpando a guerra, mas adotando o que se chamava de “economia dirigida”, nada mais nada menos do que a intervenção do governo em todo o mercado nacional.
Fonte: Site Opinião & Notícia e baseado em Affonso Henriques em seu livro “Ascensão e Queda de Getúlio Vargas” (edição de luxo, 1977, 3 vols., 1500 p).
Fonte: Site Opinião & Notícia e baseado em Affonso Henriques em seu livro “Ascensão e Queda de Getúlio Vargas” (edição de luxo, 1977, 3 vols., 1500 p).
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Tô só de olho em você...
Já ia sair de fininho sem deixar um comentário, né?!
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